Gosto das pedras. Esta, por exemplo, faz-me pensar do nosso passado vulcânico (Arquivo JRS) |
Na
rua Coronel Domiciano, não muito longe da mercearia dos irmãos Renato e Luiz,
morava o “Biscoito”. Era na casa dele, pela janela e porta escancaradas, que
nós assistíamos um pouco de televisão enquanto éramos obrigados a esperar o
ônibus. Os filmes de Tarzan e Terra de gigantes eram os nossos preferidos. Para enganar a fome, roía-se pães comprados na
padaria do Maciel. Naquele tempo, quando a Praça 13 de maio era toda plana, boa
para jogar bola, eu morava no Perequê-mirim, onde fiz os estudos primários.
Somente na escola Capitão Deolindo tinha a possibilidade de continuação dos
estudos (da quinta série em diante).
Biscoito,
o bondoso homem, trabalhava passando roupas. Não sei se tinha outra ocupação. É
nesse ambiente que narra o “Tio Chico”:
Alguém: - Onde vai o compadre Biscoito
levando esse terno engomado?
Biscoito: - Estou levando para o
Augusto, o filho do Cristino da Pedreira. Vai se casar hoje.
Alguém: - Mas o Augusto só anda
descalço!
Biscoito: - Então tá certo, não tem
problema algum. O terno ele veste!
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