Na primeira parte eu frisei a mobilização que forçou o Executivo municipal a “fazer um remendo” na besteira que fez (corte de árvores históricas) há alguns anos. Creio que consegui explicar a razão do protesto. Afinal, qual razão para entrar na contramão da arborização em nossos bairros e cidades?
É
possível avançar muito mais em questões
simples, que desembocam numa virtude máxima, na
preservação da vida. Basta se engajar nas investigações e aperfeiçoar
aquilo que os gregos já definiram como
cidadania. Neste ponto é que entra a função filosófica de intervir na
realidade para imprimir a função pré-objetiva. Explico: talvez sejam poucas as
pessoas, mesmo dentre aquelas que se indignaram com a ação daquele fatídico
dia, que assimilaram o exercício da cidadania realizado. Muitos escutam
sempre essa palavra (cidadania), sobretudo dos políticos em épocas de eleição e em
inaugurações, mas poucos realmente a compreendem. Assim, o ato daquele operário
(de esburacar a calçada), além de evidenciar o desperdício de dinheiro público,
enfoca o governo revendo uma posição que causou descontentamento público. O que
é isso?
Isso
é força da mobilização! É insatisfação moral fornecendo novos conceitos no
esforço para tornar a vida melhor! O que resta? Muita coisa!
É
preciso continuar refletindo após cada ação; se perguntar: 1- Atitudes
revisionistas dos politiqueiros estão revelando o grau de consciência ecológica
dos mesmos ou são pré-visões de uma época eleitoral? 2- O dinheiro público, que
nos custa quase meio ano de trabalho para cobrir os impostos, deve servir para
promover autoridades, recompensá-los com salários exorbitantes ou deve ser
revertido totalmente em serviços para a comunidade? 3- Quais os outros próximos
passos para continuar exercitando a nossa cidadania?
Agora, caiçaras, turistas, mineiros e todos os ubatubenses não devem perder as mínimas oportunidades para demonstrações de insatisfação moral. Afinal, só assim podemos dar novos rumos ao nosso ambiente.
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