O meu amigo Júlio é especialista em achados importantes para a nossa cultura, sobretudo em tempo de “rapa cuia esganado” por todo quanto é canto deste município. Imagine o quanto de satisfação é capaz de dar, a qualquer nativo caiçara, uma costeira assim carregada de mariscos (mexilhão), lembrando uma frondosa jabuticabeira no começo da primavera!
A explicação para uma fartura dessa pode ser uma só: nesta época o marisco está magro, sem o tão cobiçado sabor. Vamos acompanhar para ver a feição dessa costeira daqui a três meses, na chegada das correntes frias fartas em nutrientes para toda a fauna marinha. Bem antigamente, antes do advento do turismo e dos migrantes atraídos pela construção civil, os ciclos dos seres, inclusive dos frutos do mar, eram respeitados. Em qualquer costeira ou laje era coletado o suficiente para uma refeição (preferencialmente almoço). Só isso bastava! Ninguém se aproveitava disso para estocar e negociar.
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