O ponto assinalado em círculo entre as muitas embarcações é a Pedra do Tapuá. |
Este é o Porto de Ubatuba, de acordo com o mapa do Almirantado Inglês, de 1870. |
Itapuã, de acordo com a tradição que vem dos antigos, da parte dos índios, quer dizer pedra que aparece, ponta de pedra. No caso nosso, itapuã virou tapuá.
Tapuá é uma pedra, uma lage que aflora no mar, na Baía de Ubatuba. Se avista a Pedra do Tapuá a partir do Caminho do Cais, depois da Barra do Acarau. Chegando na metade do trajeto, olhe um pouco mais para longe da costeira, por sobre a Pedra do Morcego, em direção à Prainha do Padre. É essa pedra, tão singela para quem olha de longe que, desde os primeiros habitantes, há quinhentos anos, traz este nome: Tapuá.
Impressionante! Os portugueses, os caiçaras e até os ingleses respeitaram o nome escolhido pelos índios. E chegou até nós!
Está duvidando? Procure a Carta do Almirantado Inglês, de 1870, localize o detalhe descrito à parte. Entre as profundidades meticulosamente assinaladas, há a referência destacada: Tapuá. É! Esses ingleses sabiam de muitas coisas! Não é à toa que por tanto tempo eles dominaram os mares!
Alguns desses caiçaras que ainda estão por aí, na casa dos sessenta, setenta anos, que estudaram com professores bravos (Lauristano, Joaquim Lauro e outros), dizem que, depois de aplicarem os castigos comuns, ameaçavam os alunos indisciplinados com a seguinte frase:
“Na próxima vez vai ficar na Pedra do Tapuá”.
Eu, hein!? Credo em cruz!
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