quinta-feira, 7 de julho de 2011

O causo é coisa séria!


Na apresentação de um artigo da minha esposa, o causo é o “artista principal”, ou seja, é defendido cientificamente como gênero. É mais uma informação aos interessados na área da Linguística e da Cultura Popular. Muito importante neste trabalho é  a participação dos contadores de causo de Ubatuba, sobretudo João de Souza, João Barreto, Mané Hilário, Julinho, Dico, Célia, alunos da rede pública e outros. É “só uma isca”! Quem tiver maior interesse, basta conferir a sua tese de mestrado (UNITAU, 2007).

O CAUSO: uma proposta para a formulação de atividades didáticas de caracterização do gênero, destinada à formação de professores[1]

Gláucia Aparecida Batista[2]

O objetivo deste artigo é apresentar o gênero discursivo causo em suas peculiaridades, por comparação com o gênero conto popular e, a partir disso, propor a elaboração de atividades didáticas destinadas à formação de professores de Língua Portuguesa e, talvez, de outras disciplinas da área de Ciências Humanas, em que seja relevante o estudo de gêneros discursivos da cultura popular brasileira. Ambos os gêneros fazem parte da cultura popular brasileira, constituindo-se em resultado, meio e forma de uma dinâmica social. Sendo um gênero narrativo oral como o conto popular, o causo não deve ser confundido com ele, pois tem características próprias que podem ser identificadas na própria comparação dos dois gêneros.
A caracterização aqui apresentada faz parte dos resultados de minha pesquisa de mestrado – em fase de elaboração – e foi feita a partir de entrevistas com contadores de causos da cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, no ano de 2006.
Conquanto tal caracterização tenha sido originalmente feita a fim de compor, junto com outros gêneros da tradição oral, um capítulo sobre os gêneros trabalhados na contação de histórias para alunos e também por alunos de 5ª série do ensino fundamental de Ubatuba, é aqui apresentada com a finalidade de possibilitar seu estudo por professores em formação e/ou em serviço.
Este trabalho justifica-se pela atualidade da proposta de estudo da perspectiva dos gêneros discursivos – em plena expansão no Brasil – e pela carência de trabalhos voltados para a transposição didática desses gêneros.


[1] Artigo apresentado como requisito para aprovação na disciplina “A formação do designer de material didático”, ministrada pela Profª Drª Maria Cristina Damianovic no curso de Pós-graduação em nível de Mestrado da Universidade de Taubaté, em junho de 2006.
[2] Mestranda do 2º ano do curso supracitado.

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