Bem vinda, Denise! Não chore, Mafalda! |
Na
semana passada, com um grupo de adolescentes de diversos pontos do lado Sul do
município, fiz questão de dar a conhecer sobre manifestos.
Manifesto
é um recurso que temos para conscientizar e avançar em nossas lutas, nas coisas
que acreditamos. Um exemplo bem conhecido, do século XIX, é o Manifesto
Comunista, de K. Marx e F. Engels.
Geralmente
os manifestos trazem justificativa, meta e ação. Dos exercícios (manifestos)
desenvolvidos em subgrupos, dois se destacaram: o primeiro conclamava os
moradores de determinada rua e adjacências para exigir uma lombada que diminua
a velocidade dos veículos por ali; o segundo, de outros adolescentes que se
deslocam por longos caminhos até chegar na escola, a motivação era de conseguir a liberação mais
cedo das aulas para não anoitecer caminhando, tendo que chegar em casa já no
escuro.
É
isto! O nosso entorno está repleto de motivos para manifestos! Eu tenho
percebido que alguns temas são gritantes. É o caso da defesa dos nossos
Caminhos de Servidão. Há alguns anos, o pessoal da Caçandoquinha, Raposa e
praias próximas conseguiram desmanchar um desvio de trajeto que beneficiava
somente um proprietário (turista), além de desconsiderar os marcos tradicionais da comunidade caiçara daquela
região. No presente momento, eu me angustio com o fechamento do Caminho das Praias de
Fora. Pergunto: quem tem o direito de barrar a circulação das pessoas sobre os
antigos rastros do nosso lugar? Vou mais longe: por que não se decreta, nos
diversos pontos preservados, as Reservas Caiçaras (de preservação ambiental e
cultural) para um ecoturismo e um turismo cultural?
As
atividades que estamos acompanhando nos dias de ontem e hoje no Parque Estadual
da Serra do Mar, em Caraguatatuba, devem desembocar em manifestos pela cultura
e preservação ambiental. Essa geração tem uma energia que pode ser a força de novos rumos, de novas atitudes!
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