Vou
apostar na fala de um amigo para descrever o que acontece na esquina da minha
casa (bairro do Ipiranguinha, em Ubatuba). Esclareço: o Julinho afirma que as suas
denúncias têm sido notadas e resolvidas pelas autoridades competentes. Espero
que também a minha receba uma atenção ou sirva de exemplo para que situações
similares sejam denunciadas. É mais uma questão de civilidade. Afinal, as
leis existem e muitos as cumprem. Em decorrência disto, os que são taxados
de “bobos” são na verdade os
cidadãos. Os outros são “sem noção” que contribuem com o atraso da
sociedade ubatubense. Certamente que os últimos revelam uma carência
educacional que se arrasta há muito tempo. Só uma educação de qualidade pode
implantar um estado avançado de civilidade. O nosso espaço caiçara não pode continuar sendo degradado tão descaradamente!
Há
pouco mais de meia dúzia de anos, um “sem noção” se instalou por ali.
Impressionante o que é capaz de fazer alguém que parece viver com a cabeça mais
voltada para o dinheiro, para o ter em detrimento do ser! Só isso
pode fazer compreender, por exemplo, porque um motorista devidamente habilitado
torna-se irresponsável, displicente,
aproveitador da índole pacifista e/ou passiva do povo. E o pior: “sem noção” se
multiplica rapidamente!
Fiz
essa introdução para entender o que vem a seguir:
Ontem,
ao chegar em minha casa para o almoço, o meio fio da esquina estava pintado de
amarelo (ou ocre?). Me perguntei: Será que o departamento de trânsito municipal
passou por aqui e percebeu que o dito cujo sempre estaciona os veículos
(caminhões) na curva, pelas calçadas? Expressei em silêncio: Aleluia! Porém, alguém que passava no local
esclareceu que o serviço foi de uma dupla anônima. Então deduzi: mais gente,
certamente da vizinhança ou de outras ruas do bairro, está descontente com as
atitudes irresponsáveis de determinada pessoa. Só isso permite afirmar que as atitudes
de um “sem noção” incomoda mais gente do meu entorno.
Finalizo
dizendo que não é de hoje que eu denuncio tais situações. As autoridades
policiais e fiscalizadoras poderiam excursionar pelos nossos bairros, tomarem
as atitudes cabíveis para tentar remediar os danos dos “sem noção”, dos que
querem se aproveitar de uma terra que pode se tornar “terra sem lei”. Descobrirão
edificações nas calçadas, praças públicas invadidas, carros estacionados por
onde transitam os pedestres, esgotos a céu aberto, despejo irregular de
resíduos estranhos pelas ruas e valetas, bicicletas e motos sobre canteiros de
flores, lixos em qualquer lugar que não seja lixeira, amplificação de ruídos
desconexos tratados por música, xingamentos,
discussão de asneiras etc... etc...
A minha preocupação é com a formação das gerações seguintes: o que elas herdarão da nossa geração?
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