Quem não conhece a canoa Rosana, do Domingos? |
Chegamos
ao final de junho e do primeiro semestre. Algumas pessoas queridas nos
deixaram: Silvia Patural, João Zacarias, tia Santa, Mané Hilário, Hercília Giraud e mais gente
ligada ao nosso contexto de caiçaras; que deram a sua contribuição nos
orientando, ensinando e questionando na sua maneira, dentro de um tempo muito
específico, onde a competição era mais branda. Que os seus exemplos permaneçam
em nosso meio!
Nesta semana assisti a uma concentração de canoas na praia do Lázaro, por iniciativa do Renato, fazedor de canoas, nativo da praia das Sete Fontes, filho do Domingos. Ontem, no palco da festa de São Pedro, nos três grupos que ouvi tocando, ví filhos e netos de caiçaras sendo protagonistas: o filho da Naná, os netos do Leopoldino (Fortaleza), do velho Coelho (Corcovado) e outros mais. Assim vamos resistindo com criatividade e novos talentos!
A
escrita seguinte, da década de 1980, é resultado de uma prosa que puxei com
o João Zacarias, depois de uma puxada de rede na praia da Maranduba, quando o
meu avô Estevan era um dos seus parceiros de pesca.
desde o lagamá
até o jundu!
Lá apurei a vista
e puxei da recordação.
Acho eu que o mar,
a coivara e o matagá
tinha uma tamanha beleza!
dos pano de rede, do buzo na preia!
A gente se apinchava nos rio
sem nunca ter embaraço.
Acho eu que os abricoero,
e toda fruta que devezava,
era de tamanha beleza!
para banhá a fartura da pescaria!
Tudo era repartido,
cada um tinha um quinhão.
Penso em que nenhum principado,
fazendo comparação,
tinha tamanha beleza.
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