Era um paredão horrível! |
Algumas
crianças e até mesmo adultos estão reclamando de um tema que está sendo muito
comentado pela televisão: trata-se do encontro sobre o meio ambiente, no Rio de
Janeiro (RIO+20). Resumidamente elas falam de que muito se fala e pouco se faz.
E não temos muitos argumentos para rebater tal afirmação, pois até reduziu o
número de países que estão representados oficialmente, se considerarmos o
encontro anterior (de 1992). E digo mais: as determinações que valem para as
nações pobres e em desenvolvimento, nem merecem consideração pelos países
ricos.
Pegando
carona em outro exemplo, bem atual: os supermercados agora são limitados pela
oferta de sacolas descartáveis, mas as empresas continuam a todo vapor
desovando um monte de embalagens plásticas nas nossas responsabilidades de
consumidores. Bom para os comerciantes que estão economizando nas embalagens. É
como a lógica da indústria automobilística: há possibilidade de meios de transportes
econômicos, baratos e não poluentes, mas... como ficam os altos lucros dos
grupos empresariais? Afinal, esta decisão implica em rever um estilo de
pensamento, de forma de produção etc. Será que chegaremos num ponto onde, como
decorrência da educação, as empresas terão de rastrear as suas embalagens, reaproveitarem-nas
para outras ocasiões? E o que dizer da nossa “malha ferroviária” que está
parecendo rede de pesca usada que, tendo mais buraco do que malha, é descartada
para cisqueiro de caiçara?
Na
metade do século XIX, sob o governo de Pedro II, um visitante europeu já afirmava
que o nosso país tinha a melhor legislação sobre o meio ambiente, mas não
cumpria as determinações. Vindo para exemplos mais perto de nós, que de uma
forma ou de outra alteram a qualidade ambiental: estou cansado de ver obras
pipocando em nosso município sem nenhuma placa de responsável, nem do que está
aparecendo ali. Também não tem como não enxergar carros velhos apodrecendo e
impedindo as nossas vias públicas; praças, praias, beiradas de rios etc. sendo usadas por particulares em seus
negócios; motoristas (desde ciclistas até condutores de grandes veículos) que pouco
se lixam para “pequenas inflações”; pedestres
ignorantes que se acham imortais; buracos e esgotos por todo lado, sobretudo nos
bairros mais populosos, de onde sai a grande massa de trabalhadores deste
município etc.
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