Assistir ou interferir? |
Questões:
1- Como ficará a situação dos
migrantes (temporários e permanentes) enquanto adversas ao ambiente natural
local? Estão fadados a serem destruidores, desequilibrarem o pacto entre a
natureza e o homem ?
2- As imposições econômicas,
geradas a partir das necessidades artificiais, ou mesmo das essenciais, consideram
a natureza como parceiras? Pensam em preservá-la?
3- Os caiçaras tradicionais e os
quilombolas continuam fiéis ao pacto feito com a natureza ou renegam seus
saberes tradicionais/ancestrais ? Respeitam a sacralidade do meio privilegiado
em que se fizeram parceiros-viventes? Ou se corromperam pela lucratividade
despudorada, “onde até vender a própria mãe é permitido”, conforme dizia o finado Santinho Barreto, da Enseada?
4- A zona histórico-cultural está também em
Ubatuba. Mas onde concretamente? (Pode-se procurar no condomínio fechado,
de “alto padrão”, num bairro popular,
num local onde grassa a miséria, nos limites da serra etc.).
Há
a necessidade de definir em leis as zonas histórico-culturais. Alguns locais
precisam urgentemente alcançar tal status, senão serão depredados, totalmente
descaracterizados. É preciso se importar com as gerações futuras. Isso se
concretiza fazendo investimentos no presente.
As
gerações futuras precisarão da contemplação estética para viver. Em nosso
município há esporões e pequenas planícies repletos de natureza que precisam
ser resguardados, serem geradores de renda de uma forma não destruidora. Não
será a especulação imobiliária, nem a ocupação desordenada que garantirão continuidade do pacto
imemorial entre homem e natureza. Enfim, tais zonas serão memoriais culturais
de sobrevivência. Ou seja, dificilmente se viverá bem sem elas.
Pose
ser providencial pensar, entre outros casos, nas seguintes zonas: Galhetas –
Caçandoca, Lagoinha – Fortaleza, Ribeira
– Sete Fontes (sem esquecer que os pescadores do Saco da Ribeira brigam por um
espaço em sua praia), Prainha do Canto do Góis – Maria Godói, toda Ponta do
Farol, Barra Seca – Saco da Mãe Maria, Puruba – Justa (se estendendo até a
Serra da Bocaina).
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