A escola tem um papel importante na nossa formação (Arquivo Ubatuba histórica) |
“O LIXO QUE VIRA PAPEL” – Marzi Marques do Valle
Sou
professora do Jardim III, na EMEI
(Escola Municipal de Educação
Infantil) da Estufa I, em Ubatuba. Em janeiro deste ano [1993], após ter
participado do Curso de Educação Ambiental realizado pela Fundação Vivendo a
Terra, percebi que tinha, através da Educação Ambiental, a oportunidade de
realizar um trabalho interdisciplinar ampliando assim os recursos dos quais
dispunha como professora. Pondo em prática, desta forma, algumas das ideias que
me passaram durante o curso.
Inicialmente
pensei na reciclagem do lixo como um todo, utilizando a sucata como matéria
para o desenvolvimento de diversas atividades na pré-escola, recurso com o qual
já estava familiarizado. Nesse momento surgiu a primeira dificuldade, que foi
pensar no que fazer com o material trazido pelos alunos, porque eles se referiam
ao que já estavam trazendo para o trabalho de compostagem orgânica, trabalho do
qual eu tinha desistido de fazer, em vista de grande quantidade de alunos, por
serem novos para manipular produtos orgânicos e pelos riscos à saúde. Foi a
partir daí que resolvi realizar uma atividade com reciclagem de papel,
aproveitando as sobras de que dispúnhamos. Estruturei a atividade e me deparei
com a necessidade de criar um nome. Assim, nada mais justo do que propor aos
próprios alunos que escolhessem um nome, e após uma discussão entre eles, foi
sugerido o título “O lixo que vira papel”.
Definida
a estrutura e escolhido o nome para a atividade, iniciamos os trabalhos. Primeiramente
era de fundamental importância para o bom desenvolvimento da atividade, e,
principalmente para a sua efetividade pedagógica, que fossem apresentados aos
alunos a base teórica acerca do tema. Essa fase estava baseada em atividades de
discussão e troca de ideias, onde comecei a conversar com a classe sobre a
degradação do meio ambiente, o porquê da necessidade da reciclagem do papel
para evitar o desmatamento desenfreado, como forma de economia de energia e matéria prima. Tudo isso com indução,
através de algumas perguntas por mim elaboradas. A partir daí, passamos a trabalhar
com o processo propriamente dito de reciclagem de papel e, iniciamos as
atividades práticas de confecção de papel artesanal. Depois de concluída essa
fase, utilizamos o papel produzido para atividades de expressão artística
através de registros de desenhos.
Em
função do grande envolvimento e desempenho obtido pela atividade junto aos
alunos, firmamos um compromisso de realizar a atividade em uma outra
oportunidade, para colocarmos em prática novas ideias e descobrir novidades com
muita criatividade.
Conclusão:
Esta
atividade valeu a pena, porque através dela conscientizamos os alunos da
importância e necessidade de reciclagem de “lixo”. Também o fato de ter outro
professor envolvido ajudou muito, sem contar o prazer de poder passar a
experiência para outra pessoa.
Reciclando papel
Material: papel usado;
liquidificador; balde; bacia plástica ou tigela; pesos e amido.
Procedimento: 1- Encha o balde
com água e coloque o papel picado, deixe de molho por algum tempo e macere o
mesmo. Depois adicione
uma colher de amido (maisena) para dar liga. 2- centrifugue
o material para que ele fique pastoso. 3- Coloque em uma tigela. 4- Introduza a
tela na mistura e retire-a com a pasta nivelada. 5- Vire a tela com a pasta em
cima de um pano e com outro comece a tirar a água da superfície, pressionando.
6- Retire a tela, os panos e deixe o papel secar ao sol ou em forno moderado.
Observação: para se fazer o mesmo trabalho utilizando folhas secas, não é
necessário adicionar amido e pode ser feito com folhas aromatizadas para que o
papel fique perfumado.
Em tempo: caso de você note algo que esteja ameaçando o nosso meio ambiente em Ubatuba, telefone para a Polícia Militar Ambiental: Fone: 38321397.
Em tempo: caso de você note algo que esteja ameaçando o nosso meio ambiente em Ubatuba, telefone para a Polícia Militar Ambiental: Fone: 38321397.
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