sexta-feira, 22 de agosto de 2014

FOLCLORE DE UBATUBA


Gaiola só para enfeitar.  (Arquivo JRS)

        Em 1965, o Congresso Nacional Brasileiro oficializou o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore. Então, essa é a data destinada à comemoração do nosso folclore.
    Folk: povo + Lore: saber. Portanto, folclore é a cultura do povo; a criatividade a partir da necessidade de resistir, de produzir e de festejar.

        Em 1975, Paulo Florençano, o grande admirador de Ubatuba escreveu:

    “Em 1934, quando para lá fui pela primeira vez, Ubatuba ainda muito conservava seus vínculos estreitos com o seu importante passado: a arquitetura da cidade era, predominantemente, aquela mesma que viera de seu período dourado; também certos usos e costumes do seu povo chamavam a atenção. No palavreado, algumas palavras desaparecidas em muitos lugares, nessa cidade eram comuns: emaciado (magro), embaído (enganado), gesta (história), acudir (acorrer, comparecer). Assim entendi a frase pregada numa folha de papel na porta da casa comercial: ‘Acudam ao armazém do seu Quintino – já se vende pinga!’.

       As festas tradicionais, quer as da igreja, quer as profanas, revestiam-se de cunho particular, constituindo riquíssimo folclore, pois pareciam guardar o sabor especial e o singelo encanto das origens: a do ‘Divino Espírito Santo’ com a sua alegre Folia; a da ‘Santa Cruz’, orago da cidade, conservando cânticos do tempo dos jesuítas, como o lindo ‘O Rosário de Maria’; a ‘Procissão Marítima’ dedicada a São Pedro, patrono dos pescadores; a de ‘Santa Rita da Enseada’; os carnavais animadíssimos, com o grupo do ‘Boizinho’ representando excertos de velho auto seiscentista; as danças de ‘São Gonçalo’, ‘Fandango’, ‘Xiba’ e tantas outras”.

       Viva a nossa cultura popular!

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