Gaiola só para enfeitar. (Arquivo JRS) |
Em 1965, o Congresso Nacional Brasileiro oficializou o dia 22
de agosto como o Dia do Folclore. Então, essa é a data destinada à comemoração
do nosso folclore.
Folk: povo + Lore: saber. Portanto, folclore é a cultura do
povo; a criatividade a partir da necessidade de resistir, de produzir e de
festejar.
Em 1975, Paulo Florençano, o grande admirador de Ubatuba
escreveu:
“Em 1934, quando para lá fui pela primeira vez, Ubatuba ainda
muito conservava seus vínculos estreitos com o seu importante passado: a
arquitetura da cidade era, predominantemente, aquela mesma que viera de seu
período dourado; também certos usos e costumes do seu povo chamavam a atenção.
No palavreado, algumas palavras desaparecidas em muitos lugares, nessa cidade
eram comuns: emaciado (magro), embaído (enganado), gesta (história), acudir
(acorrer, comparecer). Assim entendi a frase pregada numa folha de
papel na porta da casa comercial: ‘Acudam ao armazém do seu Quintino – já se
vende pinga!’.
As festas tradicionais, quer as da igreja, quer as
profanas, revestiam-se de cunho particular, constituindo riquíssimo folclore,
pois pareciam guardar o sabor especial e o singelo encanto das origens: a do
‘Divino Espírito Santo’ com a sua alegre Folia; a da ‘Santa Cruz’, orago da
cidade, conservando cânticos do tempo dos jesuítas, como o lindo ‘O Rosário de
Maria’; a ‘Procissão Marítima’ dedicada a São Pedro, patrono dos pescadores; a
de ‘Santa Rita da Enseada’; os carnavais animadíssimos, com o grupo do ‘Boizinho’
representando excertos de velho auto seiscentista; as danças de ‘São Gonçalo’,
‘Fandango’, ‘Xiba’ e tantas outras”.
Viva a nossa cultura popular!
Viva a nossa cultura popular!
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