Será que fantoches de cidadão sabem o que é respeito à vida? (Arquivo JRS) |
Passando pela sala, assisti uma reportagem do programa FANTÁSTICO a
respeito dos carros equipados com potentes equipamentos de som. Numa
cidade, Aparecida de Goiânia, as autoridades tiveram que tomar outras atitudes
em relação aos que demonstram tamanha estupidez humana, tirando a paz das
pessoas nas ruas e em suas próprias casas, perturbando até bebês, doentes,
idosos e demais seres vivos. No mesmo instante questionei se determinados
miseráveis da vizinhança estariam assistindo e entendendo o assunto da
televisão. Tomara que eles tenham capacidade para isso (que não é tanto!).
O assunto fez me lembrar do amigo Jorge G., num tempo em que a sua saudosa mãe
estava muito doente. Na rua onde ele morava, nas cercanias da pobre escola
Aurelina, no bairro da Estufa II, um desses carros resolveu fazer uma
parada demorada perto de seu portão. Imagine só: um cidadão que não atrapalhava
ninguém, que se dedicava o quanto podia à mãe, ter de aturar um “sem-noção” escroto,
um miserável culturalmente falando e outros adjetivos nesta mesma direção.
O que fez ele? Saiu com muita educação, como quem estava adorando aquela
demonstração de inutilidade. Ao chegar perto foi logo detonando:
- Escuta aqui, seu idiota, seu fantoche de cidadão: você tem mãe? Tem casa? Por
que você não pega o seu carro e enfia dentro da sua casa ou naquele seu
lugar bem escondido, onde as costas muda de nome? Não é porque você gosta
de bosta que nós também devemos gostar. Pode ir comer a sua iguaria sozinho,
bem longe daqui. Agora!
Nisso, outras pessoas decentes foram se mostrando nos portões, dando maior
confiança ao Jorge que se mostrava como um siri na lata. Não restou outra
alternativa ao ser que parecia não ser tão racional. Sumiu dali. Ainda bem!
Pelo que pude ver as pessoas já estavam procurando porretes e enxadas.
É isso! Precisamos de pessoas assim! Não é possível que as pessoas, sendo
maioria decentes, se encolham diante de tantos desaforos e de falta de
respeito! Aonde vamos parar se não tivermos paz nem mesmo em nossa própria
casa?
Agora os tempos são outros! Eu espero que as corporações, sobretudo a Guarda Municipal, neste governo que
se inicia em Ubatuba, não se omitam naquilo que presenciam, nem dos chamados que
por ventura recebam a respeito de barulho orgulhosamente chamado de “som”.
Como disse um dia dona Francisca, a querida "Chica", uma doce caiçara natural da Praia da Santa Rita:
“Nada disso acontecia se tivesse mais educação. Sabedoria é enfrentar a vida de
cara limpa, sem precisar mostrar que tem isso e isso e isso para se sentir
gente”.
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