Dona Vanilda observa a dona Alcina colhendo uns temperos para o pirão. (Arquivo JRS). |
Olá, ANE! Olá, RUJOSÉ! Olá, ZIZA CENAMO! Sejam bem-vindos!
Ao ver a Ane como seguidora do blog, logo me assaltaram as lembranças do casal Alexandre e Ruth, de um tempo bom no bairro da Estufa, quando ainda existia muito mato e as pessoas se conheciam. Naquele tempo, começo da década de 1980, a nossa praia era o trecho do Itaguá, entre a Barra da Lagoa e o rancho dos pescadores. Era onde jogávamos bola, namorávamos e começávamos boas amizades.
Ao ver a Ane como seguidora do blog, logo me assaltaram as lembranças do casal Alexandre e Ruth, de um tempo bom no bairro da Estufa, quando ainda existia muito mato e as pessoas se conheciam. Naquele tempo, começo da década de 1980, a nossa praia era o trecho do Itaguá, entre a Barra da Lagoa e o rancho dos pescadores. Era onde jogávamos bola, namorávamos e começávamos boas amizades.
Na
capelinha de São Benedito, fundada pelo velho Mariano, aconteciam os momentos
de devoção e de humildes festas. A
creche Francisquinho ainda estava por nascer, sob o espírito empreendedor e de
caridade do finado frei Pio. Um grupo de pessoas, dentre elas a dona Ruth e seu
filho Alexandre “Gugu”, Luiz Albado, Manoel Tude e tantos outros fundaram a
S.A.B.E (Sociedade Amigos do Bairro da Estufa), sempre visando buscar o melhor
para o nosso lugar. Era esse pessoal que, na verdade, estava em todos os
eventos e em todas as reuniões. Depois foram chegando outros: tio Genésio, dona
Nilda, dona Maria Albado e Carminha, tia Tereza e Nini...
Voltando
ao princípio, os Marques do Valle, da família do músico Alexandre, de quem a
Ane descende, se destacou na arte com madeira. Diz a história que Antônio, o primeiro
deles, no começo do século passado, foi o carpinteiro da Igreja Matriz
(Exaltação da Santa Cruz), cuja restauração, assumida no ano de 1981 por frei
Angélico, se realizou por outro Marques do Valle, o Antônio Filho.
O
grande carpinteiro Toninho Marques, o companheiro primeiro da Vanilda Ballio, refez
o trabalho de seu pai com a mesma maestria, causando-nos orgulho pela perfeição
de seus acabamentos em madeira. Adentrando o espaço da referido templo qualquer
um pode admirar, sobretudo a beleza do forro e seus preservados detalhes. Assim
como também deve apreciar, nas luminárias, a arte do serralheiro Guadix, e, no
altar, a mesa-barco do mestre Jacó Meira.
Tenho
saudades dessas pessoas, mas me fortaleço pensando em suas intervenções pelo
bem da comunidade. De uma forma ou de outra as suas obras continuam. Foram eles
e tantos outros que me mostraram, em atos concretos, que para uma cidade
funcionar da melhor maneira possível não deve haver subornos e favores
politiqueiros.
Hoje,
ao saber que alguns desses Marques do Valle têm seus nomes em ruas no nosso
município, procure conhecer mais do nosso
passado, das pessoas que transformaram este chão ubatubano.
Ah!
Aqueles olhos lindos da dona Ruth! Eram, ao mesmo tempo, inquiridores e
consoladores.
Pois é, Ronaldo, eu tive o privilégio de compartilhar com você o bom dia do José Guadix, chamar o Toninho de pai,comer o maravilhoso azul marinho que a Vanilda preparava com o peixe fresquinho que vinha do mercadão. Bem, também levei uns belos tapas na face não pelo frei Angelico, mas pelo frei Tarcisio por cantar desafinada na missa das 18 hs, lembra disso?
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