Jabuticabeira enfeitada. (Arquivo JRS) |
O professor Rui Grilo descobriu a nossa cidade (Ubatuba), gostou e nunca mais quer deixá-la. Além do empenho nas causas sociais, também tem uma intensa atividade na causa ambiental, a partir do Instituto da Árvore, no bairro da Usina Velha.
Desde que chegou, o Rui sempre procurou se entrosar ao máximo com as pessoas daqui, com a cultura caiçara. Por isso, ele é “uma pedra no sapato” dos politiqueiros e daqueles que querem somente explorar o nosso município. Vale a pena conferir alguns dos seus textos em O Guaruçá.
O tema de hoje é sobre uma das nossas frutas nativas: o cambucá. Poderia ser a respeito da grumixama, da jabuticaba, do manacaru, etc. É um apelo para não deixarmos de contribuir para a recuperação da nossa biodiversidade.
Fiquei um bom tempo sem mexer nas prateleiras com mudas. Aqui em Ubatuba o mato cresce rápido e ao tentar arrancar as ervas daninhas descobri que algumas sementes tinham germinado no potinho de sorvete. Lá estava escrito: cambucá.
Fiquei muito feliz porque é uma árvore bonita, parecida com a jabuticabeira mas com folhas e frutos maiores. O fruto maduro é amarelado. É uma árvore quase em extinção. Já identifiquei uma em uma residência da Gastão Madeira, quase em frente à Secretaria de Educação; e outra, no início da Rodovia Oswaldo Cruz, ao lado do Motel.
Havia ganhado as sementes de um vizinho. Eram as últimas e poucas.
Hoje, ao chegar ao Instituto da Árvore, vi que na beira da BR-101 haviam jogado podas de árvores. Fui lá olhar e fiquei impactado: eram troncos de um cambucazeiro.
Mais uma árvore condenada pelo crime de soltar folhas e sujar o quintal.
Não sabia que isso iria acontecer, mas nesta semana apresentei a seguinte proposta para a Semana da Mata Atlântica: uma caminhada para observar e registrar em fotos as árvores da Mata Atlântica que ainda sobraram no centro de Ubatuba antes que desapareçam.
José, junte-se a nós aqui para falar um pouco dos seus cambucás!
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