(Estevan/ 2010 - Eu sou menos eu) |
Na semana passada a minha filha chegou gargalhando da aula de inglês. Logo foi se explicando:
-Hoje a aula foi prática. Eu e a professora fomos a um ponto comercial, na área mais nobre da cidade, próximo do aeroporto. O lugar é aconchegante, tem uma variedade de serviços, sobretudo de doces. Como é de praxe, toda aula é só conversação. Ao sentarmos no gostoso local, quando uma garçonete veio nos atender, logo escutou o “Do you speak english?”. Na hora, toda solícita, ela retrucou: “Se tem sanduiche? Tem sim! Qual?”. “No,no. Speak english?”. Aí ela percebeu do que se tratava. Imediatamente adentrou por uma porta; outra pessoa veio nos atender. Essa falava bem a língua inglesa! Então tivemos um atendimento a contento.
Narro isso pensando no finado Zé da Nhãnhã, natural do Perequê-mirim, mas trabalhava num restaurante na praia da Enseada. Eu o encontrava a cada manhã em sua caminhada Para impressionar, o seu cumprimento era assim: “Fronkisting, tit gromitiriam, titi on cambrê. Ion tian!”. Nunca ousei saber o significado de tais palavras. Só restava rir e dizer: “Bom dia, Zé da Nhãnhã!”. Em seguida ele sempre tinha alguma história antes de continuar a sua caminhada para o trabalho.
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