(Antonio de Jesus, líderança caiçara da Trindade- Paraty) |
Gosto de explorar bem qualquer prosa que começa com a frase “os meus pais me contaram”. Quase sempre é garantia de que há um tesouro a ser explorado. Como diz ainda muita gente: “vai espirucando, vai espirucando, vai espirucando... até que chega aonde quer”. Assim descubro coisas inimagináveis, de pessoas que pareciam ninguém para a maioria daqueles que estão ao seu redor. Exemplos:
Quantas lideranças entre os pescadores se fizeram por força das invasões, dos grileiros das nossas terras sagradas?
Quantos relatos de caiçaras que viveram na carne a Revolução Constitucionalista!?
Quantos lugares, hoje ocupado por mansões e condomínios fechados, não foram paraísos de peixes e aves!?
Quantas histórias políticas imorais por trás dos nomes das “distintas” pessoas que perambulam por nossas ruas!?
Quantas famílias humildes, “gente que se tropeça com a gente”, não descendem dos primeiros habitantes deste chão denominado Ubatuba!? E quantos não provêm de ousados imigrantes com sonhos fantásticos!?
Enfim, se posso retransmitir, por que não fazê-lo? Afinal, acho que foi por isso que os meus pais me contaram!
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