No último dia 13 perdemos a companheira Vitória: mineira que adotou completamente a nossa cidade e a nossa cultura, chegando ao ponto de até mesmo concorrer, há uma década, a uma vaga no Legislativo. Creio que, se fosse eleita, teria contribuído ainda mais com a nossa cidade, principalmente com os mais carentes.
Por termos tanto orgulho dessa mulher, eu e Gláucia a escolhemos como madrinha de casamento e da nossa filha Maria Eugênia. Portanto, a Vitória foi comadre, madrinha, prima...uma grande companheira de nossas vidas.
Mesmo de saúde frágil (carregava a doença de Chagas desde a sua terra natal), Vitória nunca esmoreceu diante dos desafios da comunidade católica (onde sempre foi um esteio na liturgia) e dos bairros em geral, sobretudo Sapê, Maranduba, Lagoinha e Caçandoca.
Ao vir trabalhar como doméstica em nossa cidade, conheceu o Toninho Antunes, filho de Ezídio Antunes de Sá, cepa da Caçandoca, nascido da união entre um português e uma africana. Desse encontro nasceram seus dois filhos: Leandro e Diego. Raríssimas vezes encontrei essa mulher totalmente despreocupada, sem estar prevendo ou articulando alguma ação para resolver alguma situação. Prova disso foi a acolhida filial à Glória, Jade e Jamile.
Por ser descendente dos Antunes de Sá e graças ao seu apoio, o seu marido é o que é hoje: um expoente na luta pelas terras da Fazenda Caçandoca.
Agora, penso sobre o próximo Advento:
Quem cantará animando as andanças do Reisado?
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