Embarreando o Rancho Caiçara (Arquivo JRS) |
Minha amiga Irene, da praia do Lázaro, mais
uma das pessoas preocupadas com as nossas andanças pelos ônibus, deu a seguinte
recomendação: “Toma banho de creolina”.
Será que resolve? Circulando, por motivo de trabalho, nós somos portadores em
potencial do coronavírus, podemos levar para nossos familiares que ainda se
mantém em quarentena, seguindo as preciosas medidas sanitárias. E depois, quem
vai aguentar o cheiro da creolina? Ela caiu na risada. Eu prefiro continuar me
cuidando.
Quando eu era crianças, diante de um perigo medonho, a
saudosa tia Aninha recomendava: “Faça como eu.
Eu me venzo todo dia, minino, com água de guiné e sarmora. E reze, meu filho.
Reze bastante”. Recordar dessa fala agora, fez me lembrar de uma poesia do mano Mingo; esta
agora:
SAL AMARGO
O que os olhos viram,
O que os ouvidos escutaram,
O que faz saltar o coração
Ficou na memória:
Esta terra tinha dono
E os rios eram sagrados,
Nada de sal de lágrimas
A misturar com as marés
E fazê-los mais salgados.
Depois do embarreamento, uma confraternização (Arquivo JRS) |
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