Olha o rio Acaraú aí gente! (Arquivo Igawa) |
Já estamos funcionando! (Arquivo Igawa) |
No auge da pesca, entre 1977 e 1980, a empresa
contratava em torno de cinquenta funcionários, sendo a maioria composta por
mulheres.
“Foi quando tínhamos duas
traineiras: Atalaia e Aladim”. O Nelson comentou alguns fatos: 1º) “Dava trabalho registrar funcionários porque
a maioria não tinha documento de nascimento. Foi preciso, de vez em quando,
fazer uma espécie de mutirão, embarcar uma quantidade no caminhão e rumar até o
cartório a fim de fazer as certidões. Nessas ocasiões, se apelava aos taxistas
da praça para servirem de testemunhas”. 2º) “Numa ocasião, ao ir buscar peixe no caisão, um motorista nosso deixou o
carro desengatado e desceu enquanto aguardava a sua vez de carregar. De
repente, o caminhão novinho estava dentro do mar. Não tinha guincho naquele
tempo. O jeito foi arrastar por dentro da água até a praia. Desconfio que as
traineiras rebocaram o veículo”. 3º) Ainda hoje temos dois postes de ferro
fundido no camping, são os antigos
trilhos, que servem para sustentar fios elétricos. 4º) “Uma vez por ano, o meu pai trazia um pessoal
de São Paulo para catar sapinhauá na praia do Itaguá. Tinha demais!”. 5º) “Uma edificação começada por meu pai, na
divisa com o Scongelo, mesmo antes de estar terminada, foi vendida ao dono da
concessionária Volkswagen de Taubaté. Mais tarde abrigou a escola Era
uma vez”.
Salga.
Conforme podemos ver, em julho de 1959, o Sr. Igawa se anuncia como comprador de peixes.
As sardinhas descarregadas no cais do
porto eram trazidas de caminhão para a salga e imediatamente colocadas nos
grandes tanques com sal grosso e aí ficavam por um tempo determinado de “cura”;
depois eram retiradas, prensadas e embaladas em caixetas. Estavam prontas para
serem enviadas para os atacadistas de São Paulo e do nordeste brasileiro que
por sua vez distribuíam pelos rincões afora (pelo fato de serem muito salgadas
não necessitavam refrigeração. Portanto muito úteis em locais sem energia
elétrica).
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