Entrevistando moradores na rua Petrópolis (Arquivo JRS) |
Seja bem-vinda Sheila Vilela!
A partir deste, vou publicar as ações de um grupo de professores na realidade do Litoral Norte Paulista, cujo resultado foi a Primeira Feira de Educação Ambiental, em 1993, na Escola “Capitão Deolindo”, em Ubatuba.
A partir deste, vou publicar as ações de um grupo de professores na realidade do Litoral Norte Paulista, cujo resultado foi a Primeira Feira de Educação Ambiental, em 1993, na Escola “Capitão Deolindo”, em Ubatuba.
Relato 1 – Parte I
Educação
ambiental se inicia no próprio bairro
Com este título apresentei o meu primeiro projeto na escola (“Aurelina” –
Estufa II), em 1993, com o apoio da ONG Vivendo a Terra.
Um
projeto não precisa necessariamente ser algo grandioso, que atinja milhares de
pessoas ou transforme o mundo. Uma pequena atividade, desde um pequeno trabalho
em sala de aula, já pode ser caracterizado como e receber o nome de projeto.
Sempre
acreditei nos mínimos gestos gerando gigantescas transformações; acredito na importância de cada formiguinha
no pleno funcionamento do formigueiro. Apesar de muitas falhas, sempre estou
tentando fazer o mínimo para melhorar o mundo.
Partindo
dessa filosofia é que sempre quero aplicar as descobertas que a mim são
proporcionadas.
Desde
que participei do curso, onde a professora Nídia Nacib Pontuschka (USP) expôs o
que é o Estudo do Meio e fez com que aplicássemos na prática, inclusive com a
própria participando, fiquei pensando e aguardando uma oportunidade para
desenvolvê-lo com os alunos.
Por
que tal aflição?
Porque
percebi que, de fato, no meio onde está a escola, tudo pode e deve ser
aproveitado ao máximo como recurso pedagógico e, consequentemente, questionar a
sociedade que aí está (onde a vida - humana e da natureza - é tão
desprezada) e fornecer elementos de transformação. Vai ao encontro daquilo que
acredito: aprender a partir do que temos e somos.
Neste
ano (1993) me coube trabalhar com uma classe de 8ª série, na Escola “Aurelina”,
a disciplina de OSPB (Organização Social e Política Brasileira). Inicialmente
eram 26 alunos e, durante o ano, 03 desistiram ou pediram transferência da
escola. Eu decidi: é com essa turminha que farei o estudo do meio no bairro da
Estufa II.
Revisei
os passos o método:
1º Sensibilização na escola
(falar sobre o método): direção, professores e alunos.
2º Saída para observação da área
com os alunos: conhecer mais o bairro e anotar tudo o que chama a atenção.
3º Ver os pontos convergentes nos
trabalhos de anotações: escolher algum (s) para trabalhar (eixo do trabalho);
formular questões para entrevistas a partir deste (s) ponto (s).
4º Pesquisa de campo: após cada
saída (entrevistas), voltar à sala de aula para discuti-las e no final fazer
observações escritas.
5º Tabulação das entrevistas: resultado
final; conversa na classe.
6º Apresentação à escola: mural,
painel etc.
7º Retorno à comunidade: entrega
do resultado do trabalho à sociedade amigos do bairro.
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