segunda-feira, 6 de junho de 2016

FEIRA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - RELATOS (I)

Entrevistando moradores na rua Petrópolis (Arquivo JRS)

                     Seja bem-vinda Sheila Vilela!

         A partir deste, vou publicar as ações de um grupo de professores na realidade do Litoral Norte Paulista, cujo resultado foi a Primeira Feira de Educação Ambiental, em 1993, na Escola “Capitão Deolindo”, em Ubatuba.

                Relato 1 – Parte I
                Educação ambiental se inicia no próprio bairro

                Com este título apresentei o meu  primeiro projeto na escola (“Aurelina” – Estufa II), em 1993, com o apoio da ONG Vivendo a Terra.

               Um projeto não precisa necessariamente ser algo grandioso, que atinja milhares de pessoas ou transforme o mundo. Uma pequena atividade, desde um pequeno trabalho em sala de aula, já pode ser caracterizado como e receber o nome de projeto.
               Sempre acreditei nos mínimos gestos gerando gigantescas transformações;  acredito na importância de cada formiguinha no pleno funcionamento do formigueiro. Apesar de muitas falhas, sempre estou tentando fazer o mínimo para melhorar o mundo.
               Partindo dessa filosofia é que sempre quero aplicar as descobertas que a mim são proporcionadas.
               Desde que participei do curso, onde a professora Nídia Nacib Pontuschka (USP) expôs o que é o Estudo do Meio e fez com que aplicássemos na prática, inclusive com a própria participando, fiquei pensando e aguardando uma oportunidade para desenvolvê-lo com os alunos.
                  Por que tal aflição?
               Porque percebi que, de fato, no meio onde está a escola, tudo pode e deve ser aproveitado ao máximo como recurso pedagógico e, consequentemente, questionar a sociedade que aí está (onde a vida  -  humana e da natureza  -  é tão desprezada) e fornecer elementos de transformação. Vai ao encontro daquilo que acredito: aprender a partir do que temos e somos.
               Neste ano (1993) me coube trabalhar com uma classe de 8ª série, na Escola “Aurelina”, a disciplina de OSPB (Organização Social e Política Brasileira). Inicialmente eram 26 alunos e, durante o ano, 03 desistiram ou pediram transferência da escola. Eu decidi: é com essa turminha que farei o estudo do meio no bairro da Estufa II.
               Revisei os passos o método:
1º Sensibilização na escola (falar sobre o método): direção, professores e alunos.
2º Saída para observação da área com os alunos: conhecer mais o bairro e anotar tudo o que chama a atenção.
3º Ver os pontos convergentes nos trabalhos de anotações: escolher algum (s) para trabalhar (eixo do trabalho); formular questões para entrevistas a partir deste (s) ponto (s).
4º Pesquisa de campo: após cada saída (entrevistas), voltar à sala de aula para discuti-las e no final fazer observações escritas.
5º Tabulação das entrevistas: resultado final; conversa na classe.
6º Apresentação à escola: mural, painel etc.
7º Retorno à comunidade: entrega do resultado do trabalho à sociedade amigos do bairro.

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