terça-feira, 17 de maio de 2016

DE ONDE VEM O CLÓVIS

Clóvis (mais alto) e Zeca Giraud. Ao fundo: João Oliveira e outros no campo da Maranduba. (Arquivo Clayton)

               O meu irmão Clóvis recebeu este nome em homenagem a outro Clóvis, filho do "Zé Chico", natural da Praia da Maranduba.

               Clóvis de Oliveira e meu pai eram amigos desde pequenos, quando começou a chegada do turismo em nossas terras. Ambos eram caiçaras bem típicos, mas pertenceram à primeira geração ligada à construção civil, edificando casas para turistas (ou veranistas).

               Clóvis era ótimo construtor e gostava de ajudar as pessoas. Tinha um prazer especial na pesca e em andar em meio à natureza. Adorava  ir à costeira para pescar e levar os filhos para aprenderem a catar guaiá, siri, pindá e outras iguarias que sempre sustentaram o ser caiçara. Outro costume dele era o de passar rede com os amigos. Sempre aproveitava todas as ocasiões para levar os filhos nas subidas dos mais altos morros na intenção de mostrar as paisagens.

               Clóvis, como a maioria dos caiçaras, tinha o hábito de contar histórias. Fazia os filhos dormirem com contos e fábulas. Outras diversões: jogar dominó, contar piadas e brincar de pega varetas.

               No ano passado (2015) conheci o jovem Clayton, no Massaguaçu. Conversa vai... conversa vem, descobri que o mesmo é filho do Clóvis. Agradável surpresa! Estas lembranças se devem à sua participação empolgante e orgulhosa em referência ao saudoso pai:


               “Meu pai deixou enraizado em mim coisas simples, mas que me servem de bússola ao meu viver. Uma dessas coisas é que não preciso passar por cima de ninguém para conseguir alcançar meus objetivos. Na verdade, meu pai tinha atributos simples, de grande valor. Hoje digo que tudo de bom viveu com ele. Me deixou muitas alegrias e saudades”.

        Creio que foi uma justa homenagem do meu pai ao amigo, dando o seu nome ao meu mano.

3 comentários:

  1. Zé Ronaldo, conte alguma história da Ilha Ancheita. Estive lá no domingo e achei o local muito interessante. Deve de ter muitos causos interessantes de lá.

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