Bons tempos! |
Neste dia 19, estarei em sintonia com o Clementino e a Cidinha. Afinal, há vinte e cinco anos eles se assumiram, trouxeram suas filhas ao mundo e estão firmes, comemorando a cada ano o aniversário de matrimônio. Viva os dois! Viva toda a família!
Para eles, celebrando bodas de prata, ofereço a poesia do Zezinho, um poeta da Praia Grande lá do começo da década de 1980, do tempo em que a tão lotada de hoje era apenas um mundo de areia, com araçaeiros, manacarus e goiabeiras a fazer a nossa alegria enquanto admirávamos o mar bravio com seus desafios aos primeiros surfistas de Ubatuba (Guran, Pathik, Ney, Saulo, Pedrão, Joca e outros assediados pelas cocotinhas). Ainda era conhecida como Praia Grande da Vila ou Praia do Bonde, devido a um vagão de trem estacionado no areal próximo do seringal (que hoje passa imperceptível no morro). As casas não passavam de seis ou sete. Uma delas era onde moravam o Milton "Zé Carioca" e a Fátima, os nossos colegas de escola. De tão vazio aquilo ali, o "Velho Rita" dizia que era um lugar ermo.
Do Zezinho...
MOINHOS DE VENTO
Moinhos não falam
Trabalham
Moinhos não ferem
Produzem
Moinhos não quebram
Têm que ser indestrutíveis
Moinhos não andam
Esperam
Parados
Às vezes esquecem
Do mais importante:
Que o vento
Tem de continuar soprando.
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