Ontem, 19 de maio, às 10 horas, após o sol ter despontado com toda a alegria, fui ao casamento de Marcos e Adriana, dois caiçaras legítimos do Perequê-mirim.
Familiares e alguns amigos fizeram questão de ocupar a dependência do Cartório de Registro Civil, na rua Dona Maria Alves, onde a caiçara Mair, da cepa dos Serpa, oficializou o ato. Após a leitura do documento, Marcos pediu a palavra. Emocionado lembrou a todos dos seus entes queridos, de quanto foram importantes no ato que naquele momento se consumava. Em seguida, confirmou tudo aquilo que há tempos a Adriana já sabia. Por fim, justificou o horário da cerimônia: “Em uma pesquisa da historiadora Maria Marcílio, no seu livro Caiçara, ela indica que, há dois séculos, nesta cidade (Ubatuba), a maioria dos casamentos acontecia às 10 horas, ou seja, era tudo previsto e planejado para os convidados fazerem parte de um almoço celebrativo, realmente alegre e acolhedor. Tais características fazem parte da alma caiçara”.
Naquele momento pensei nos ausentes: Pedro Cabral, dona Ana, Vitalina, Odócio, dona Maria, Angelo, Dorcas, dona Preciosa e outros tantos caiçaras ubatubanos que marcaram nossas vidas.
É isso!
Viva o povo caiçara!
Viva o casal!
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