sábado, 27 de julho de 2013

POESIA ALTERNATIVA



Banquete no quintal.   (Arquivo JRS)

Em 1993, um grupo de pessoas se reunia frequentemente, em Ubatuba, a respeito das questões ambientais e culturais. Lógico que a maioria deles não era desta cidade, mas queria dar  sua contribuição para tornar o nosso lugar melhor. De vez em quando, em torno de uma mesa de bar, alguns rascunhavam textos e poesias. Eu fui guardando zelosamente algumas. Hoje escolhi uma dessas escritas pelo Jacson, Luci e Paúra. Nem sei por onde anda esse pessoal, mas torço para que estejam bem e vivendo melhor ainda! 

Quando cheguei ao litoral, fiz bem e fiz mal.
Ver e ter a certeza dos fatos da destruição.

Não sei se estou destruindo ou ajudando...

Cadê a Congada, as festas da região,
A mesa farta, o sorriso, o peixe e o pão?

A mata, 
Que há muito tempo não é mais virgem;
A natureza linda, 
Mar, matas, animais...

E o Homem.

Este ser exige respeito pela sua gente,
Sua terra, 
Seus costumes
E seus sonhos... 

Fica uma pergunta 
Sem respostas definitivas:
Estamos mudando o rumo 
E a cultura de um povo?
Todo tempo cheirando, comendo.
Bebendo, matando a mata 
Em seu equilíbrio natural.

Viver.

Como servos trabalhando em sua própria terra;
Como pássaros engaiolados no sistema dos outros;
Como um rio com medo de chegar à foz.

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