Que venha sol! (Arquivo JRS) |
Desde os primeiros anos, ainda no tempo das pequenas comunidades isoladas com suas subsistências, nós caiçaras ouvíamos frases do tipo: "Correção de formigas morro acima...chuva forte serra abaixo", "Galinheiro assanhado, capoeirão encharcado", "Noroeste não deixa a mãe morrer de sede", "Vermelhidão no céu é vento chegando com mais coisa", "Urubu em reunião nas nuvens é aviso para não sair em pescaria mar afora", "Araponga piando na costeira é sinal de tempo seco apertando a garganta", "Saparia em festa é chuva sendo esperada", "Grilo na barulheira a noite inteira é sinal de tempo bom" etc. E, disso tudo, brota a poesia do mano Mingo.
Meteorologia popular
Se de tarde perguntar ao vento
sobre as condições do tempo
e o vento se mostrar enigmático,
repita a questão para o mar
que, exceto em dias de calmarias,
tem sempre algo a informar.
Em último caso, insista com as nuvens,
as nuvens não escondem nada,
por exemplo, elas sempre avisaram mamãe
para recolher as roupas do varal
antes do susto da trovoada.
sobre as condições do tempo
e o vento se mostrar enigmático,
repita a questão para o mar
que, exceto em dias de calmarias,
tem sempre algo a informar.
Em último caso, insista com as nuvens,
as nuvens não escondem nada,
por exemplo, elas sempre avisaram mamãe
para recolher as roupas do varal
antes do susto da trovoada.
A sabedoria popular e a poesia do Domingos são sempre muito interessantes.
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