domingo, 27 de fevereiro de 2022
CONTRIBUIÇÕES DO SCHMIDT
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
PÉ DE MOLEQUE
Cadê o dono disso? (Arquivo JRS) |
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
METEOROLOGIA POPULAR
Que venha sol! (Arquivo JRS) |
sobre as condições do tempo
e o vento se mostrar enigmático,
repita a questão para o mar
que, exceto em dias de calmarias,
tem sempre algo a informar.
Em último caso, insista com as nuvens,
as nuvens não escondem nada,
por exemplo, elas sempre avisaram mamãe
para recolher as roupas do varal
antes do susto da trovoada.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
IDENTIDADE
Besouro - Arquivo JRS |
As autoridades responsáveis pela fiscalização ambiental parecem não enxergar nada de anormal nos diversos pontos da Mata Atlântica no nosso município. Então contei um fato de algumas horas antes, assim que amanheceu aquele dia: eu estava diante do portão da minha casa, olhando a paisagem do entorno. De repente, no meio da mata, longe de qualquer sinal de existência de alguma moradia, uma fumaça sobe discretamente. Parece sair em baforadas naquele ponto. "Sabe o que naquela hora eu pensei que poderia muito bem ser um fogo de lenha, talvez alguém começando o primeiro café do dia? Se eu pudesse, subiria por ali, naquela direção, para verificar”. O Mané concordou com a minha hipótese. Nisso se aproxima alguém que é amigo do Mané, mas desconhecido meu.
O cidadão recém-chegado nos cumprimenta, olha para mim e exclama: “Esse é um documento importante!”. Achei que ele se referia ao meu chapéu de palha. Concordei. Reconheço o hábito como parte de uma identidade caiçara, usado para nos proteger das intempéries. Dou uma levantada no chapéu em sinal de agradecimento. Mas ele faz uma ressalva: “O chapéu também é! Só que estou me referindo ao uso da máscara. É muito importante usá-la, se identificar como alguém que leva a sério as medidas recomendadas pelos cientistas para controlar essa pandemia, esse vírus que já agonizou tanta gente no nosso país e pelo mundo afora. Você está de parabéns!”. Fiquei surpreso; não esperava um comentário desse tipo. Daquele momento em diante o assunto girou em torno de levar a sério os procedimentos se queremos nos livrar o quanto antes desse mal.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
VIAGENS E AMIZADES
Arte em casa - Arquivo JRS |
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
SIGAMOS OS BONS ESPÍRITOS
No lagamar, em Itaguá - Arquivo JRS |
Bruce Albert, no livro (A queda do céu) em parceria com Davi Kopenawa, registra nas páginas 524/525:
Voltei em setembro de 1978 para Brasília, onde me hospedou uma amiga, intrépida e rebelde jornalista do Jornal de Brasília (e depois da Folha de São Paulo), Memélia Moreira. Lá me encontrei um belo dia com Cláudia Andujar, extraordinária fotógrafa, apaixonada pelos povos indígenas, que tinha começado a trabalhar na região do rio Catrimani em 1974. Redigimos juntos o primeiro documento contrário ao projeto militar de desmembramento das terras yanomami. A convite dela, fui encontrá-la em São Paulo, onde, junto com Carlo Zacquini, irmão católico e missionário fora do comum da missão Catrimani, elaboramos o projeto de uma vasta reserva territorial yanomami contínua, antes de lançarmos, no Brasil e no exterior, uma campanha de opinião pública contra a iniciativa etnocida da ditadura militar.
Naquele final de 1978, ocorria em São Paulo uma impressionante mobilização política e midiática contra o projeto, levado a cabo pelo governo Geisel, de espoliação das terras indígenas, projeto esse disfarçado de decreto de “emancipação” dos índios “aculturados”. Esse movimento de protesto sem precedentes marcou a conjunção entre o movimento indígena nascente e setores intelectuais (advogados, jornalistas, acadêmicos) engajados na resistência à ditadura militar, então em sua fase de declínio. Foi nesse contexto político que Cláudia Andujar, Carlo Zacquini e eu criamos a Comissão Pró-Yanomami (CCPY), com o apoio incansável de Beto Ricardo e vários amigos paulistanos, uma ONG que lutaria durante quase três décadas para defender os direitos do Yanomami, até que estes fundassem sua própria associação, a Hutukara Associação Yanomami, presidida desde a sua criação, em 2004, por Davi Kopenawa.
Estes três estrangeiros: Bruce Albert (França), Claudia Andujar (Suíça) e Carlo Zacquini (Itália), cujas demonstrações de amor pela vida dos povos da floresta me calou fundo, devem nos despertar para um detalhe: eles fazem parte de uma minoria que veio para a nossa Pátria e fez tantas coisas pelos povos originários, pelo povo Yanomami e pela causa da natureza. Agora pergunto: Quantos brasileiros sequer ouviram falar desse povo? Quantos dos nossos apoiam a causa indígena? Por ocasião da minha passagem por Inhotim, o famoso museu de Brumadinho, admirei as imagens dos indígenas que atestam a paixão de Claudia Andujar. Um pavilhão inteiro dela! Detalhe: ela foi a fotógrafa da menina Nini, no antigo Hotel Picaré, em Ubatuba. Ver texto....https://coisasdecaicara.blogspot.com/2016/10/a-menina-nini.html
Enfim, para continuar pensando como caiçara:
Não queremos que nossa mata, rios e mar desapareçam, nem que sejam exterminados os povos das florestas e as demais populações tradicionais que são faróis das nossas raízes existenciais. Portanto, revelemos aos nossos filhos os dizeres, os saberes de nossos ancestrais. Os caminhos das novas gerações devem ser ilustrados por aqueles valores que estão dentro de nós, na profundidade de nosso ser. Não deixemos que eles desapareçam, mas sim que se renovem com o passar do tempo. Sigamos os bons espíritos!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
SE NÃO QUISEREM SE AMAR...
Dália da Suami - Arquivo JRS |
domingo, 13 de fevereiro de 2022
MESTRE JEQUIÉ
Roda de capoeira - Arquivo JRS |
Puxada de rede - Arquivo JRS |
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
A PESCARIA DO MANECO
Um senhor robalo (Arquivo JRS) |
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
A ESQUINA QUE RESISTE AO TEMPO
Capitão Deolindo e Horácio Bruno no "Bar do Félix" - Arquivo Tia Helô |
domingo, 6 de fevereiro de 2022
A CIDADE AO REDOR
José Libório - Arquivo Ubatuba |
sábado, 5 de fevereiro de 2022
TUDO É MUITO LINDO!
Florada das tinticuias na rodovia - Arquivo JRS |
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
PODE TUDO!
Caminho na restinga da Mococa - Arquivo JRS |
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
EMPODERAMENTO
Parte de uma xilogravura - Arquivo JRS |