Eu consigo vislumbrar algumas medidas no meio ambiente litorâneo para pensar no produto final, que é a saúde do mar e a garantia de vida aos pescadores. A cultura caiçara depende disso. A nossa galinha de ovos de ouro - a beleza natural que atrai turistas - também! Só a ignorância produz a destruição daquilo que temos de maior valor.
Primeiro eu parto da minha casa, do lixo doméstico. Encaminhar para a terra tudo aquilo capaz de resultar numa boa compostagem já é o que faço há décadas. O resultado disso é a vitalidade do solo, as verduras e os frutos maravilhosos que são produzidos, o espaço sombreado para se deliciar, cultivar samambaias, pimentas etc. Enfim , o meu quintal é o meu espaço privilegiado para a terapia pessoal tão necessária no cotidiano.
Em seguida, tento reciclar ou encaminhar para um reaproveitamento os demais materiais. Assim vou transformando um monte de coisas em outras coisas. Só que tenho a consciência de que a indústria é a grande responsável pela opção de continuar despejando um monte de lixo em nossas vidas. As embalagens trazem o símbolo de que são recicláveis, mas qual fabricante implanta uma rede de coleta delas? Ou seja, a origem de tais materiais são evidentes, estão estampados, mas ninguém se importa onde vai chegar. Na natureza, aliada à falta de educação e de respeito aos demais seres, essa atitude vai desembocar em tartarugas engasgadas com plásticos, mangues repletos de vasilhames, praias entulhadas de porcarias etc.
Muitos pescadores deveriam receber uma recompensa pela quantidade de lixo que recolhem no mar, em suas redes. Quem sabe disso?
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