Olhando a estatística do blog, me admirei o que número de leitores mostram: os Estados Unidos estão em primeiro lugar nesta semana, com 338 acessos; depois vem os do Brasil (271), da Alemanha (36) e da Malásia (18). Outros seguem a fila. Serão brasileiros que vivem no exterior? Serão pesquisadores interessados em particularidades da cultura caiçara? Ou...? Por favor, entrem em contato para nos informar.
Na semana da Caldeirada Cultural, o talentoso Jorge Ivam Ferreira lançou o seu primeiro volume em xilogravura sob o título Lendas de Ubatuba em versos. Vale a pena adquirir e aguardar os próximos trabalhos. É a nossa riqueza cultural em forma de literatura de cordel a partir desse estimado filho da Bahia que veio viver em nossa cidade.
Na semana da Caldeirada Cultural, o talentoso Jorge Ivam Ferreira lançou o seu primeiro volume em xilogravura sob o título Lendas de Ubatuba em versos. Vale a pena adquirir e aguardar os próximos trabalhos. É a nossa riqueza cultural em forma de literatura de cordel a partir desse estimado filho da Bahia que veio viver em nossa cidade.
Parabéns ao Jorge!
Parabéns à professora Alejandra Carolina Labarca!
Só para
um “tira gosto”, eu escolhi...
A
GRUTA MISTERIOSA
À
direita do caminho
Para o Perequê-Açu
Vê-se a
boca de uma gruta
Da cor
de pena de anu.
Quase
entupida de lixo.
Não é
gruta natural,
É túnel
de verdade
Construído
como tal
Para
ludibriar o fisco.
Essa
passagem secreta
Servira
ao contrabando,
Que não
pagava coleta.
Muitos
negros traficados
Foram
conduzidos por ali.
Os
navios negreiros de noite
Atracavam
nessa baía
E,
saindo da Prainha,
O túnel
era um atalho,
Que
evitava que o braço
Da lei
tivesse trabalho.
Assim
como o traficante,
O lesto
contrabandista
Passava
sua muamba
Sem que
desse na vista.
Quem
empreende uma surdina .
Às
vezes é malsucedido:
Naquele
túnel também
Morreu
muito bandido.
Por
aquela falsa gruta,
Ouro e
pedras preciosas
Escorriam
para a Europa
De
forma perniciosa.
Sim.
Nas ranhuras da rocha,
Muito
ouro foi escondido
Mortos
seus proprietários,
Virou
tesouro perdido.
Atrás
dele, muita gente
Tentou
garimpar na gruta,
Mas só
conseguiu achar
Almas
penadas em luta.
Voltou
em cima do rastro,
Ouvindo
gritos de dor,
Gemidos,
tinir de ferros,
E
outros sons de puro horror.
O
tesouro referido
Causa
de muita cobiça,
Deve
ainda estar por lá,
Quieto
na pedra maciça.
Entretanto,
não desejo,
Nas
entranhas da caverna,
Ou
seja, daquele túnel,
Colocar
nem uma perna.
Lá
existe uma fortuna.
Em
compensação, porém,
Para
resgatá-la, dizem,
Só num
pacto com o além.
Obrigado por sua generosidade. Fortuna verdadeira é ter um amigo como você. Um abração, Zé.
ResponderExcluirOnde achamos estas Lendas de Ubatuba? Online, na Biblioteca? Ou está a venda em alguma livraria? Obrigada. Abração Zé e Jorge.
ExcluirObrigada e Parabéns Jorge e ao Zé Ronaldo, adorei seu Blog.
ExcluirÉ verdadeira a história da grutinha? Ou foi só licença poética? Porque para quem vir aquele lugar cheio de lixo hoje não acreditará que é realmente um túnel que atravessa o Morro, saindo na prainha. E se for, não deveria ser preservado?
ResponderExcluirDe qualquer forma, belo poema. Parabéns.
ResponderExcluir