Caminhos no mar - Arquivo JRS |
Houve um tempo em que grande parte da riqueza produzida nas cercanias, desde o Sul de Minas até o Vale do Paraíba e adjacências, saiam pelo porto desta cidade (Ubatuba), sobretudo aquela relacionada ao contexto da mineração e da cafeicultura. O governo provincial garantia um controle fiscalizador para evitar evasão de taxas. Na rotatória da referida cidade, onde atualmente se encontra a estátua do pescador, estava localizado o primeiro posto de controle; subindo a serra, quase chegando em Taubaté, no atual Bairro do Registro, ficava outro. No acesso para Passa Quatro, indo para os sertões das Minas Gerais, controle maior se fazia necessário. Para isso, a via (que passava por São Luiz do Paraitinga e ganhava o interior) precisava estar sempre recebendo melhorias para não perder a devida movimentação portuária na localidade litorânea. No livro de Registro de Correspondência da Câmara Municipal de Ubatuba aparece a reclamação dos vereadores contra o município vizinho que não cumpre com a obrigação de cuidar da via em seu território. Isto no ano de 1838. Era notório que os interessados (fazendeiros e comerciantes que utilizavam o acesso à saída marítima) não podiam ter outra saída, deixarem de garantir os lucros que movimentavam a vida da sociedade ubatubense. Mas...segundo a farta documentação, a coisa desandou. A movimentação foi se dirigindo a outros acessos. Exemplos: Paraibuna e Paraty. Tem um trecho documentado que deixa bem claro a afirmação da Estrada Real no território fluminense:
"Pouco a pouco derivando as tropas que se dirigem a este já florescente porto vai se encaminhando para Parati, que como é sabido, vantajosamente seus habitantes sob a proteção do Governo, vão pondo suas estradas no maior grau de perfeição, enfraquecendo e diminuindo por consequência o produto das Rendas Nacionais..."
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