Os músicos da Universidade no Cine Theatro (Arquivo JRS) |
Olha aqui, filha! (Arquivo JRS) |
Parabéns, Má! (Arquivo JRS) |
De
acordo com os estudiosos, os povos europeus mais antigos, do tempo
das tribos, festejavam a festa do Sol, próximo do que mais para a
frente foi denominado de período natalino no calendário cristão. Sunday - domingo - dia do Sol. Festejar o Sol é festejar a coisa mais sublime, considerando que sem
ele não haveria vida na Terra. Na verdade, por volta do dia 21 de
dezembro ocorre o solstício de inverno no hemisfério norte, quando
devido à obliquidade do eixo de rotação do planeta, a insolação
é mínima, ou seja, com noites longas. Após isso, os dias vão se
alongando: é o re-nascimento do Sol, tempo de festejar porque o
inverno vai passar e novamente as paisagens florirão, os animais deixarão seus abrigos com novos filhotes, a vida
desabrochará.
As
festas de antigamente não eram de um dia só. Grupos pequenos de
deslocavam, formavam enormes grupos para dançar, beber, comer,
competir etc. Tudo em homenagem ao Sol da vida!
Mais
tarde, com o advento do cristianismo, não houve como simplesmente
acabar com tais festividades. Então, tal como outras datas do nosso
calendário, foi introduzido um novo sentido: vamos comemorar o
nascimento de Cristo. "É mesmo, faz sentido à nova doutrina, aos ensinos
catequéticos!". Cristo passa a ser o sol da vida humana.
Neste
tempo me recordo de outros tempos, quando o período natalino era
marcado por presépios, por cantorias de reis, por brinquedos novos,
por roupas cheirosas, comidas e bebidas. Papai sempre aparecia com
garrafão de vinho em casa, com uma ou duas garrafas de champanhe.
Alguém matava um porco e dividia com a comunidade. Peixe abundava,
frango nunca faltava, mas carne bovina era rara. Raro também era
qualquer espécie de pão. Marcante mesmo era a família feliz,
reunida pela festa. Até parentes mais distantes, que viviam em
outras cidades, vinham para se reencontrar com os que tinham
permanecido na terra. Depois, enquanto os adultos conversavam ou madornavam, as crianças brincavam, faziam o maior alarido.
Véspera
de Natal: dia de pensarmos nos muitos momentos que vivemos em
família. Tempo de agradecer pela minha família. No dia 19, cinco
dias atrás, Maria Eugênia, a nossa filha, venceu mais uma etapa na
Universidade Federal de Juiz de Fora. Creio que eu e minha Gal
estamos cumprindo a nossa parte, procurando ser o melhor possível
nas condições que temos. Eles (Maria e Estevan) farão, com
certeza, a parte deles. Família é para isso: celebrar a vida.
Então… Natal, retornando ao sentido original, é celebração da
vida. A vida é um sacramento (algo sagrado). Natal – nascimento –
vida. Feliz Natal a todos que lutam para celebrar a vida!
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