terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A VIDA É SACRAMENTO

Os músicos da Universidade  no Cine Theatro (Arquivo JRS)
Olha aqui, filha!  (Arquivo JRS)
Parabéns, Má! (Arquivo JRS)


         De acordo com os estudiosos, os povos europeus mais antigos, do tempo das tribos, festejavam a festa do Sol, próximo do que mais para a frente foi denominado de período natalino no calendário cristão. Sunday - domingo - dia do Sol. Festejar o Sol é festejar a coisa mais sublime, considerando que sem ele não haveria vida na Terra. Na verdade, por volta do dia 21 de dezembro ocorre o solstício de inverno no hemisfério norte, quando devido à obliquidade do eixo de rotação do planeta, a insolação é mínima, ou seja, com noites longas. Após isso, os dias vão se alongando: é o re-nascimento do Sol, tempo de festejar porque o inverno vai passar e novamente as paisagens florirão, os animais deixarão seus abrigos com novos filhotes, a vida desabrochará.

         As festas de antigamente não eram de um dia só. Grupos pequenos de deslocavam, formavam enormes grupos para dançar, beber, comer, competir etc. Tudo em homenagem ao Sol da vida!
Mais tarde, com o advento do cristianismo, não houve como simplesmente acabar com tais festividades. Então, tal como outras datas do nosso calendário, foi introduzido um novo sentido: vamos comemorar o nascimento de Cristo. "É  mesmo, faz sentido à nova doutrina, aos ensinos catequéticos!". Cristo passa a ser o sol da vida humana.

         Neste tempo me recordo de outros tempos, quando o período natalino era marcado por presépios, por cantorias de reis, por brinquedos novos, por roupas cheirosas, comidas e bebidas. Papai sempre aparecia com garrafão de vinho em casa, com uma ou duas garrafas de champanhe. Alguém matava um porco e dividia com a comunidade. Peixe abundava, frango nunca faltava, mas carne bovina era rara. Raro também era qualquer espécie de pão. Marcante mesmo era a família feliz, reunida pela festa. Até parentes mais distantes, que viviam em outras cidades, vinham para se reencontrar com os que tinham permanecido na terra. Depois, enquanto os adultos conversavam ou madornavam, as crianças brincavam, faziam o maior alarido.

          Véspera de Natal: dia de pensarmos nos muitos momentos que vivemos em família. Tempo de agradecer pela minha família. No dia 19, cinco dias atrás, Maria Eugênia, a nossa filha, venceu mais uma etapa na Universidade Federal de Juiz de Fora. Creio que eu e minha Gal estamos cumprindo a nossa parte, procurando ser o melhor possível nas condições que temos. Eles (Maria e Estevan) farão, com certeza, a parte deles. Família é para isso: celebrar a vida. Então… Natal, retornando ao sentido original, é celebração da vida. A vida é um sacramento (algo sagrado). Natal – nascimento – vida. Feliz Natal a todos que lutam para celebrar a vida!




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