Folhas nos caminhos (Arquivo JRS) |
Orquestra Jovem do Estado de São Paulo - 2018 (Arquivo JRS) |
Orquestra Jovem do Estado de São Paulo - 2018 (Arquivo JRS) |
Partindo
da certeza de que não existe cultura sem educação, resta aos genitores oferecer
aos filhos as oportunidades de vivenciar os aspectos culturais que alavancam a
evolução dos mesmos, que vão tecendo a trama da existência. E estes jovens também vão permitindo a nós outras releituras do mundo. Mas... “Pai e mãe são os primeiros professores”. Isso
se consegue por experiências, boas leituras e transmissão oral. Desse modo, com
tais estratégias, danças, músicas, remédios, canoas, vestimentas, histórias,
filosofias, ciências, técnicas etc. vão realizando nossas necessidades, nossos
desejos. E a cultura se perpetua e se refaz. Nesse tecer, cada ser humano tem a
sua importância. É por isso que lamento quando alguém se envereda por um vício
que lhe diminui o seu protagonismo neste fazer cultural. “Coitado daquela criança que o pai lhe segura a mão de um lado e com a
outra tosse com um cigarro de erva. Coitado também desse pai! Coitados também daqueles que amanhecem na minha calçada tomando uma bebida que se diz ser vinho, deixando por ali as embalagens plásticas. É a diversão deles. É o sentido da vida deles”.
Eu,
devido a muitos limites e falta de clareza, tenho certeza que deixei de ter a
vivência de valiosos aspectos culturais. Mas essa privação não apagou o desejo
de buscar oportunidades para futuras realizações, agora incluindo minha esposa,
minha filha e meu filho. E pelo caminho vamos conhecendo pessoas que são
incluídas nessa nossa família, querendo que convivam com a gente nessas
vivências que existem desde sempre, mas que estávamos impedidos de
desfrutá-las. É por isso que dou a conhecer lugares e eventos que me fazem
muito bem. Meus verdadeiros amigos acompanham essas minhas aventuras! Oxalá
eles cavem essas boas oportunidades!
No
último domingo, em Campos do Jordão, eu, minha esposa e duas amigas nos
maravilhamos com as apresentações do dia. Fizemos um "bate e volta". Bem cedo, na Capela do Palácio, o espetáculo
foi com o Quinteto Zephyros; depois, só de passagem, na Praça do Capivari, quem
atraiu a nossa atenção foi o Coro Infantil da OSESP. Agora, o deslumbramento
maior foi às 16:30 horas, no Auditório Cláudio Santoro, onde a Orquestra Jovem
do Estado de São Paulo, com quase uma centena de componentes, nos embalou por
uma hora. Diria o tio Maneco Armiro numa ocasião assim: "Isto é moda que faz gosto! Que beleza!". Olhando cada rosto daqueles, eu pensava nos adolescentes do Ensino
Médio. Estavam nesta faixa, passariam um mês estudando música, tendo
experiências incríveis neste aspecto da cultura humana. Certamente nunca mais
esquecerão disso. Um dos integrantes da primeira apresentação da manhã, do
quinteto já mencionado, assim se expressou: “Foi
em 1977 que eu, bem jovem ainda, tive a primeira oportunidade de vir a Campos
do Jordão, de me aprofundar na cultura musical e de escolher isso para a minha
vida. Hoje, assim como quase todos deste grupo, dou aulas na USP. É uma
experiência incrível! Desejo a todos um feliz Festival de Inverno!”.
Assim,
pensando na minha Maria Eugênia e no meu Estevan, vou plantado, admirando cada
flor, cada folha e cada ser que dão sentido ao nosso jardim.
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