sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

PÉ NO BAGUARI



As velhas destemidas descansam para sempre (Arquivo JRS)


               Aproveitando uma manhã radiante, juntei meu filho e uns amigos (Jorge, Solange, Mirtes Harumi e Zé Roberto) para uma caminhada. “Coisa rápida, gente. Vamos até a Ponta Grossa, no Farol e no Baguari de Fora”. Foi mesmo! Em cinco horas fizemos o percurso. Saímos bem cedo, quando o sol ainda estava acordando, mas no retorno ele já estava abrasador em nossas cabeças.
               Subidas e descidas são as marcas desse trajeto, bem como uma mata exuberante e um visual sem igual, no Baguari, com seu areal de conchas conservado varrido, graças ao pescador caiçara que ali se encontra. Impossível aquela formação geológica não impressionar qualquer um! Impossível não deixar de se silenciar para o vai e vem das ondas sem recordar dos pescadores daquele lugar: Garné, Zeca, Dito, Jovelino... A vida traz... a vida leva... Tudo se renova enquanto não chega lixo, esgoto... Tudo está a acolher enquanto o patrimônio público está para todos, sem cercas e muros, sem proibições impostas pela mesquinhez humana e pela falsa felicidade gerada pelo poder do dinheiro.
               Lugar bonito, preservado, com marcas da vida dos caiçaras: isto se partilha com amigos! E no caminho: brejaúba, patieiro, taquaruçu, tucum, pindoba, guaco, embiruçu etc. Tudo é abundante. Viva tudo isso! Viva esse pessoal!

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