Beleléu espreitando (Arquivo JRS) |
Para
o filósofo J-J. Rousseau, um francês do século XVIII, a educação é algo
fundamental, que define o caráter da pessoa e os seus hábitos. Mais ou menos
nesta direção se dá a minha busca em aprender ao máximo e passar aquilo que sei
aos que estão ao meu redor.
Certa vez perguntei a um adolescente se ele tinha lembrança de como ele
foi aprendendo a ser o que era. Procuramos um lugar para nos sentamos... e veio
a história!
“Na infância meus pais me
contaram a história de Beleléu. Na verdade, era apenas uma desculpa para que eu
cuidasse melhor das minhas coisas, para que não as perdesse. Era uma história
realmente simples, mas que qualquer criança de quatro ou cinco anos acreditava.
Era a clássica historinha para justificar coisas simples, dar lições de moral
ou ensinar hábitos básicos, tal como se preocupar com os pertences e não perdê-los. Esse era
o caso do Beleléu.
O Beleléu, segundo meus pais, morava
em lugares escondidos, dentro da casa (debaixo da cama, atrás do guarda-roupa,
sob a mesa etc.), junto com o Bicho-Papão. Ele era fascinado pelos objetos dos humanos,
roubava tudo que caía no chão ou estava bagunçado. Pegava e levava para seus
esconderijos.
O objetivo da história era para
que eu cuidasse melhor das minhas coisas e arrumasse as minhas bagunças,
senão... o Beleléu roubava tudo. Essa estratégia funcionou por um bom tempo.
Depois... eu fui crescendo e percebendo que, mesmo com tudo bagunçado, nada
sumia. E, quando sumia, eu sabia que tinha sido a minha mãe. Ela pegava e
jogava no lixo, achando que aquilo não servia para nada, que não tinha
utilidade”.
Olha, atualmente o Beleléu apareceu na minha vida, em todo canto que estou, tá lá o Beleléu. Será que tem como capturar esse folgado, que brinca todo dia comigo?!
ResponderExcluirAh! Pensou que fosse apenas coisa da cabeça da mamãe, né?
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