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Vovó Eugênia (Arquivo JRS) |
Hoje,
dia em que as atenções se voltam para a figura da mãe, eu acordei agradecendo
pela mulher que tenho como companheira há duas décadas: Gláucia, a minha Gal.
Que mãe maravilhosa Maria Eugênia e Estevan têm!
Da
minha saudosa mãe Laurentina, a Dona Laura,
herdei muitas coisas boas. Foi no seu exemplo de firmeza, diante das tantas falhas do meu
pai, que eu sempre busquei me afirmar. Foi traída, mas nunca vacilou no
compromisso com a família, no esforço de ser um farol para nós. Espero sempre
que os meus irmãos também se atenham a essa fidelidade e nunca sejam causa de sofrimento
às suas companheiras e aos filhos. A minha mana
Ana está de parabéns.
Para
finalizar, mesmo querendo continuar escrevendo neste precioso dia junto à
família, tenho que citar a Vovó Eugênia,
cuja primeira imagem que me vem é de uma mulher, com seu inseparável chapéu,
passeando entre as suas queridas flores dispersas em moitas pelo seu terreiro tão
bem cuidado. Nesse cenário foi que eu escutei muitos dos seus comentários
reflexivos. Eles também se teciam entre perfume do jasmim, rosas-menina,
rosas-negra, beijos, mariquinhas-da-serra, ortênsias, margaridas, madressilvas etc.
Os
temas da vovó eram variados. Por exemplo, diante de uns parentes que na época negaram o catolicismo para se tornarem “crentes”, ela disse com certa tristeza:
“Eles mudaram de roupa, mas não mudaram de pele”. Vivendo na nossa pequena
comunidade, logo eu entendi que ela dizia de alguns deles: tratava-se de
omissos, de pessoas que não assumiram os filhos que tiveram fora do casamento
ou de alguns que se aproveitavam dos demais para aumentarem as suas posses
(terras) e rendas. Vovó Eugênia, Vovó Martinha, mamãe, mana, minhas estimadas cunhadas, minha Gal...Tantas
mulheres a nos dar lições para uma sociedade melhor!
Resumindo:
Mãe
é mãe. É por isso que as primeiras divindades da Terra, dos antigos povos, eram
femininas. Viva as mães!
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