Idazil Gonçalves Pinto nasceu em
Paraibuna, mas foi ainda criança para Caraguatatuba porque o seu pai se
empregou na Fazenda dos Ingleses. Em 1967, quando aconteceu a tragédia (tromba
d’água) nessa cidade, ele tinha a idade de quatorze anos. Assim contou:
“Naquele dia eu tava catando garu-garu
numa das valetas. Garu é um peixinho barrigudo. A gente só tinha o trabalho de
espremer a barriga deles e punha pra fritar para depois comer com farinha. Que
delícia! Sabe como a gente catava lambari? Naquele tempo tinha uns litros
transparentes com fundo côncavo. A gente dava um jeito de
quebrar ali, bem no fundo,e aquilo virava um covo. Colocava na água e logo estava cheio de peixe. Até camarão
entrava e ficava preso”.
Entrando nos detalhes da fazenda, o
Idazil dá a sua contribuição:
“A
fazenda era como uma cidade, empregava mais de quatrocentos famílias. No
total, deveria ter por volta de dois mil habitantes. Tinha jogos aos domingos.
Lá se produzia de tudo: banana, goiaba, figo, laranja... Imagine você que
naquela época a cidade de Caraguatatuba tinha por volta de quatorze mil
habitantes. Depois da tragédia, muita gente foi embora desse lugar, em torno de cinco mil habitantes”.
Pelas palavras dele, fica evidente
que os estudos não eram fáceis aos que moravam longe do centro da cidade:
“Eu e outros vínhamos estudar na
escola, no centro da cidade, onde hoje é um espaço cultural. Só lá tinha da
quinta série em diante. Até um certo trecho a gente vinha no carril, pelos
trilhos. Depois só a pé. Eu fui expulso porque joguei uma cebola na lousa.
Perdi a vaga e não tinha mais como estudar na cidade. Acabei indo para São
Paulo (capital), onde trabalhei num restaurante”.
A respeito da tragédia que mobilizou
tanta gente, dois fatores contribuíram para que os estragos não fossem ainda
maiores:
“O Tomaz Ribeiro de Lima tinha um
rádio amador e logo enviou pedido de socorro para todo lado. Também o fato de a
ponte do Rio Santo Antônio ter sido carregada evitou de toda a água e terra se
espalhar e destruir mais coisa e matar mais gente. Teria sido muito pior se o
rio transbordasse. Imagine a tristeza de alguém chegar na porta da casa e notar
que a água havia carregado todos os seus familiares, todas as coisas. Isto
aconteceu!”.
Comentários:
Do amigo Pedro Caetano:
Comentários:
Do amigo Pedro Caetano:
1- GUARU PANDU! Quando
Criança comi muita farofa de Guaru, Farofa de Sabiá,saíra,içá...Tempos de outrora
tempos que não voltam mais.
2- O
rádio Amador que ajudou na catástrofe de Caraguatatuba foi o SenhorThomaz
Camanes Filho frequência PY2AUN
Da amiga Nanci Lima:
Da amiga Nanci Lima:
Histórias contadas por aqueles que a vivenciaram, nos aponta outra perspectiva, ampliando e enriquecendo a nossa compreensão sobre os fatos.Valeu José Ronaldo
Ola Amigo José Ronaldo, O radio Amador que ajudou na catastrofe de Caraguatatuba foi o SenhorThomaz Camanes Filho frequencia PY2AUN
ResponderExcluirGUARU PANDU!, Quando Criança comi muita farofa de Guaru, Farofa de Sabía,saíra,iça.Tempos de outrora tempos que não voltão mais.
ResponderExcluirHistórias contadas por aqueles que a vivenciaram, nos aponta utra perspectiva, ampliando e enriquecendo a nossa compreensão sobre os fatos.
ResponderExcluirValeu José Ronaldo