Os
preconceitos, os alinhamentos com as ideias dos dominantes propagadas sem
escrúpulos algum pela televisão, revistas etc., a “sabedoria de papagaio”
sugadas de aparelhinhos eletrônicos tão vulgarizados nas mãos de todo mundo,
sobretudo das crianças, vão encaminhando para sistemas totalitários, que dão
continuidade a sistemas similares aos dos nazistas. Você duvida?
Quem estudou a
História sabe dos primeiros séculos, quando o cristianismo, graças ao fanatismo
comandada pelo Patriarca Cirilo, destruiu a maravilhosa Escola de Alexandria,
regredindo a cultura erudita ao nível ínfimo. E quem não aprendeu que tais
palavras (judiar, judiação etc.) são decorrentes da perseguição iniciada na
mentalidade cristã europeia contra a etnia judaica há quinhentos anos? E a
palavra denegrir, derivada da desvalorização do negro, não soa tão chique a
tanta gente?
É assim que me
preocupo com tanta gente boa, pobre também, engolir a isca da alienação, do
julgamento unilateral. Em tempo de disputa eleitoral a moda é dizer que “grupo
X é bom, sem corrupção, enquanto que grupo Y é o contrário”. Na verdade,
fazemos parte de uma natureza que não é tão natural assim. Ela é pensada por
poucos, para servir a poucos. O velho Rousseau já disse que “o homem nasce bom,
a sociedade o corrompe”. As pessoas são manipuláveis, interessantes aos
ideólogos de um sistema constantemente reconstruído para manter o status e
poderes de uma minoria. Assim, sob “tanta clareza” decorrente da já citada
sabedoria, “pode até matar a própria mãe”. Cruz-credo!
Precisamos
estar atentos e exercitar ao máximo a nossa capacidade reflexiva. O pior que
podemos fazer é, sob um discurso aparentemente inteligente, estarmos sendo
idiotas, contribuindo para um sistema ganancioso e destrutivo, a começar pelos
mais pobres. O Velho Zacarias da Ponta dizia:
“Chegará
um tempo em que não haverá mais peixe. Depois que não haver mais miuçalha, tubarão
vai devorar tubarão”.
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