quinta-feira, 26 de junho de 2014

PASQUIM (II)

Onde as galinhas ciscam (Arquivo JRS)


E na velha amendoeira, perto da Venda do Jorge...Outro pedaço do pasquim apareceu:

Era fulano de tal que sete praias corria
Sem ninguém desconfiá.
Nunca imaginava eu tal choque podê levá.
Agora já recomposto 

o homem-bicho tava a chorá.
Que sina, meu Deus, que sina!
Credo em cruz, Ave Maria!
Mesmo já pouco vivido,
Coisas assim nunca que vi.
Então, adespois dos trapos juntá,
Uma cruz me pus a fazê
Pra’quele lugá marcá.
Não sei quantos passos da barra,
na linha dos jambuí, onde galinha cisca, 
tem de andá.
Naquela casinha de janela azul

Tá um lobisomi a descansá.
Credo em cruz, Ave Maria, coisa assim
nunca que vi!

Nenhum comentário:

Postar um comentário