Obelisco: obra de 1937. Olhem a beleza do casario do entorno! |
Quem
anda pela cidade de Ubatuba, ou por qualquer outra cidade, sempre tem a atenção inclinada para algo singular,
quer saber mais, admira traços, cores etc. Portanto, a cidade está repleta de espaços
museológicos já evidentes. Outros podem
ser criados e/ou fomentados.
Em
relação à nossa cidade, começando pela
boca-da-barra do Rio Grande, o denominado Ubatuba (muitas ubás) pelos tupinambás, me pergunto se
existe muita gente que poderia ajudar, sobretudo os migrantes e turistas, a um retorno no tempo para
vislumbrar os indígenas fisgando peixes, caçando, produzindo uma cerâmica
básica, coletando nas matas e costeiras, se divertindo nas areias da Praia de
Iperoig até a intromissão do explorador português. E, a partir desse mesmo local,
que tal imaginar, com astúcia jesuítica, a Traição de Iperoig, mais conhecido
como o primeiro “tratado de paz do continente americano”, cuja comemoração
ocorre sempre no dia catorze de setembro, com o Dia da Paz de Iperoig ou da
Exaltação da Santa Cruz?
Na
Ilha dos Pescadores, admirando o colorido das pequenas embarcações pesqueiras,
convém explicar o nosso passado, cujo destaque foi ter sido um porto exportador (da produção local, do Vale do Paraíba e do
Sul de Minas). Dali se avista o
maltratado Casarão do Porto. Ele está de
pé atestando a opulência do século XIX, quando
o café era a principal riqueza. Além dele, tivemos outros produtos
geradores de dinheiro. Exemplos: farinha de mandioca, aguardente, peixe seco, banana, anis, arroz, granito
verde, madeira etc. etc. etc... A atividade pesqueira também já teve seu auge.
Por isso que, em 1937, nessa ilha de exuberante mangue, foi instituída a
Feitoria de Pesca, sob a liderança do professor Teodorico Coutinho. Ah! Já que
estamos falando disso, não podemos nos esquecer que, lá no “Caisão”, há
décadas, funciona o Instituto de Pesca, um importante centro de pesquisa
marinha, de pesca e de outras possibilidades garantidas pelo imenso mar. Nesse mesmo assunto, quem desconhece que, na Praia do Lamberto, entre as
praias Brava (do Hermínio) e o Saco da Ribeira, se localiza a Base Norte do
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo?
É
isso! Nunca é demais saber um pouco de nossa história. Conforme já disse
alguém: “Não deveríamos ter de aprender de novo cada habilidade a cada nova
geração”.
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