terça-feira, 6 de novembro de 2018


QUEM PRECISA DE UMA ESCOLA ASSIM?

A mídia  pode doutrinar (Charge da internet)


               Estou agora apelando por uma questão urgente: trata-se de um projeto, de uma coisa medonha chamada Escola Sem Partido.

               Da cabeça de alguém saiu essa ideia de que a escola não deve conduzir os alunos no desenvolvimento de uma consciência crítica, aceitando um monte de conteúdo sem questionar e recusando outros pontos de vista a respeito dos mesmos. Pior ainda: tem gente  reforçando posições dúbias até mesmo em História do Brasil para prevalecer pontos de vistas poucos virtuosos (de militarismo, de patrão inconsequente, de machismo, de racismo, de homofobia etc.). O argumento desse projeto é que “professores estão doutrinando para o comunismo, sobretudo a partir das universidades públicas”. Porém, os resultados das eleições demonstraram o quanto isso é falacioso. Na verdade, quem doutrinou de verdade foram as igrejas (desde as populares, nos nossos bairros, até aquelas conduzidas por pastores milionários). Engraçado, mas... Por que não tem um projeto chamado Igreja sem Partido?

               Imagine você que, ao falar da Independência do Brasil, o professor acrescenta a seguinte fala, devidamente documentada:

               A primeira esposa de D. Pedro I se chamava Maria Leopoldina. Era uma mulher muito culta e exerceu uma grande influência política. Numa ocasião, precisando viajar para São Paulo,  o imperador a nomeou Imperatriz Regente Interina do Brasil. Não havia ninguém melhor do que ela para um cargo de tamanha confiança. Decidida, sabendo o que era melhor para o nosso país, no dia 2 de setembro de 1822, assinou o decreto que separava oficialmente o Brasil de Portugal. Em seguida despachou a correspondência para seu marido. No dia 7 de setembro, ao ler da decisão tomada pela esposa, deu o famoso Grito do Ipiranga: “Independência ou morte”.
               Após isso, o professor questiona: “O documento é  que vale. Quem o assinou? Em qual dia? Quem é o herói da independência? Por que não é a mulher? Quando deveria ser comemorado esse dia patriótico? Quem, de verdade, deveria receber as homenagens?  Ou seja, ficará evidente a negação da mulher na sociedade e o machismo vencendo a verdade. Lógico que, após a aula  nesse teor, as reflexões poderão tomar outro rumo, exigindo revisão de quase tudo que aprendemos até agora. Quem será contra? Com certeza só aqueles que comungam daquilo que é negativo nessa história! E dirão: se aprovado o Projeto Escola Sem Partido, nada vai mudar nessa história. Eis a minha apelação: entrem no seguinte endereço https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/606722/resultado e votem discordando desse nefasto projeto.

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