Em paz (Arquivo JRS) |
Agorinha mesmo
Um fio de lua se encontrava no céu.
A água, no borbulho de sempre,
Iluminada por vaga-lumes,
Me fez pensar no tempo
E imaginar a movimentação
Na madrugado distante do Sapê:
Mamãe nas dores
E vovó Martinha,
A sogra parteira,
Esperando a criança.
Na vizinhança só os galos cantavam,
Nem se importavam com a lua
Que era um fio no céu.
De repente...
As bravas mulheres se esqueceram de si:
Uma criança nasceu.
Hoje, um menino crescido envelhece;
Um pai e uma mãe zelam
Por suas crianças que estão na juventude.
O tempo passa...
A lua é ainda um fio de luz no céu
Esperando a chegada da outra luz,
Do mesmo sol que ouviu o choro
E a voz contente da vó:
É menino, Laura!
Agora, saio no terreiro;
Penso nos meus que dormem.
No céu, na direção do Corcovado,
Quase se escondendo de vez,
Ainda se vê a lua num fiozinho de luz.
Durmam em paz, minhas queridas!
Durma em paz, meu querido!
E viva a vida!
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