Passando um tempo na Ilha do Prumirim (Arquivo JRS) |
Com o Marcelo Dantas teve assunto para ir bem longe. Conversamos sobre os rumos preferidos para a sociedade ubatubense, valorizando sobretudo aquilo que é a nossa maior riqueza: a natureza preservada. Depois de um tempo, ele saiu levando um grande volume de livros. Hoje já deve estar catalogando e prosseguindo o projeto que se resume em solidariedade e troca de experiências com a Comunidade de Emaús.
Outra visita que eu já considero parte do ritual do primeiro dia de cada ano é a visita do Júlio e do Isaías Mendes, seu pai. Acho que até já posso considerá-lo como meu pai também. Como é bom prosear com nossa gente! Depois...se despediram tomando o rumo da Cachoeira do Ipiranguinha. Eu retornei à faina de dar uma ordem nas coisas que vou ajuntando sempre.
Neste começo de ano, tomo como exemplo o Seo Aquino, morador da Ilha do Prumirim. Ali, na tranquilidade, socando umas cascas de pau de mangue, nós o encontramos na mesma disposição de prosear.
- Vai fazer o quê, Seo Aquino?
- Vou tingir aquela rede ali.
- Faz tempo que o senhor está aqui?
- Já tem trinta e cinco anos. O velho Francisco Munhoz me deixou tomando conta disto tudo. O pessoal que está por ali, vendendo coisas são meus filhos, netos e até bisnetos.
- O senhor nasceu em que lugar?
- Eu sou da Praia do Camburi. O meu pessoal é aquele que o senhor conhece bem: o Mané Inácio, o Genésio, o Antonio Inglês...todo mundo daquele lugar.
E nos despedimos de olho na trovoada que se armava por cima do morro, escurecendo rapidamente o final da tarde e ameaçando a travessia para a terra.
Fico emocionado com seus contos e andanças. Parabens Amigo José Ronaldo por contribuir com a cultura Caiçara espero poder fazer o mesmo.
ResponderExcluirArrela meu filho ai vem chuva.