O mano Mingo, como muita gente, sente a falta do amigo BADO, um caiçara da Picinguaba que tanto talento tem. Disso para a poesia foi um pulo.
Cadê Evaldo, o bardo,
que canta a história verídica e inventada
dos caiçaras de Ubatuba?
Há quem o tenha visto
ponteando viola em noite estrelada,
outros o viram com o pé na estrada,
ou, então, que está enfurnado no sertão
tomando lição de canto com os sabiás.
Sumiu Evaldo, de apelido Bado,
que na porta de casa deixou só uma nota:
fui aprender a linguagem dos pássaros,
só volto poliglota.
Parece que foi ontem que assisti à linda encenação de Terra dos Papagaios, com o BADO. Depois...depois...É melhor ler o texto do Júlio Mendes:
"Eu percebi nas canções do Bado uma forma poética simples, mas de grande beleza e profundidade pra quem tem, um pequeno que seja, conhecimento da cultura caiçara e sentimento por essa terra. As letras e canções do Bado me tocaram no sentimento e na alma, então eu, dentro do meu universo, passei a compor músicas da mesma forma. Das notinhas musicais que vovô Lindolfo me ensinou em minha pré adolescência, deu para musicar alguns simples poemas. Foi para mim um grande aprendizado o convívio com o Bado Todão naqueles dois anos de Pirão Geral, foi dali que despertei para a música regional".
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