Os descendentes estão por aí. (Arquivo Olympio Mendonça) |
Feliz aniversário, Júlio César Mendes!
E continuando no teor da reportagem feita por um acidente...
“Mas estava escrito que a existência de Ubatuba ficaria na dependência de acontecimentos históricos os mais diversos”. A referência é em relação direta com a Revolta da Armada, logo nos primeiros anos da República, onde os elementos de maior destaque na sociedade ubatubense estavam do outro lado, mais monarquistas, fazendo até festa para o famoso Almirante Alexandrino de Alencar. Enfurecido, o Marechal Floriano, presidente do Brasil, decidiu “cancelar os juros assegurados aos capitalistas que empreendiam a construção da Estrada de Ferro Ubatuba-Taubaté. A companhia inglesa, por sua vez, sem a garantia do governo federal, recusou-se a continuar fornecendo o material”. Tudo foi abandonado, inclusive os túneis que eram iniciados. Por diversos pontos ficaram os trilhos abandonados, as picadas abertas... Quem investiu dinheiro ficou sem nada. Assim escreveram os repórteres em 1949: “Da era de fausto e brilho só restam na Ubatuba acanhada de hoje uns tantos vetustos edifícios senhoriais e os postes de iluminação pública, feitos de trilhos da estrada de ferro que não chegou a ser concluida”.
Em busca dos descendentes dos franceses que vieram para Ubatuba, a reportagem começa no Itaguá, na casa de um Vigneron Jousselandière: “A habitação tinha um aspecto agradável, cercada de bananeiras, pés de café e canteiros de flores. Na frente, um enorme tronco de árvore estava sendo cavado para ser convertido em embarcação”. Era a moradia do René Vigneron, cujo avô veio para ser um empreendedor nesta cidade tão distante da pátria-mãe. O seu pai, por sua vez, foi o cônsul da França em Ubatuba. Imagine o explendor da cidade para ter o mérito de abrigar um consulado francês!
A narrativa segue com Lauro Bourgert que, na época era funcionário do Vladimir de Toledo Piza: “Vinha da roça, com uma foice ao ombro”. O avô, o primeiro Bourget vindo tentar a vida por aqui, foi um importante produtor de fumo. Depois, no centro da cidade, na Farmácia do Filhinho, apresentados aos Giraud, encontraram a beleza europeia se compondo nos traços bem caiçaras. Creio até que sentiram a tentação de nunca mais deixar essa cidade. “Da mesma família dos Giraud é também uma velhinha que vive de tecer esteiras e cestas de taboa, numa casinha coberta de sapê, perto da cidade. Chama-se Amada Filisbina Lopes Giraud. Na sua fisionomia macilenta e rugosa, salientam-se os seus vivos olhos azuis e o nariz reto, denotando a linhagem europeia”.
Interessante o método de trabalho dos jornalistas da revista O Cruzeiro: a cada conversa eles foram se aprofundando no tema proposto.
muito bom saber um pouco da nossa Historia q fica cada vez mais distante,eu uma caiçara nata,leio e me emociono com A hISTORIA DA NOSSA CIDADE,COMO foi importante pra muita gente famosa q fez a diferença,ainda bem q temos essa pagina para não deixar cair no esquecimento uma Historia tão bonita da nossa cidade,e personagens tão Ilustres.
ResponderExcluirMuito interessante ter um local onde fiquem registrados esses dados históricos.
ResponderExcluirAs testemunhas vivas desses fatos, aos poucos não estarão mais aqui para contar!
Que legal. Meu sobrenome foi registrado errado: com W.
ResponderExcluirAna Christina Wigneron Gimenes, neta de George Vigneron.
Quem são as pessoas da foto?
ResponderExcluirO senhor é Mané Barbosa, tocador de viola. As crianças eu não sei, mas assim que der pesquisarei.
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