Eu estava escrevendo a última parte do texto a respeito do Sr. Igawa, quando me veio à mão esta matéria da neta dele, da estimada Laura, que está na tailândia, bem longe daqui, fazendo a diferença em outras terras, em outra cultura. E ELA renovou o prazo! Ou seja, continua lá!
Quer ser voluntário no exterior?
Olha a Laura bem longe de casa, gente!!! |
Andrea Tissenbaum –Estadão/ Blog da Tissen
10 Agosto 2016 | 08h48
Foto: Laura Shizue
Igawa – Tailândia, Wai -Kru-Day com alunos
As possibilidades de trabalho
voluntário são as mais diversas e abertas a todas as faixas etárias.
Se você tem interesse
em uma experiência de aprendizado internacional na qual poderá contribuir para
o desenvolvimento de uma região e participar ativamente em questões
comunitárias, o voluntariado pode ser uma excelente escolha. Como
voluntário você compartilha suas habilidades e competências com uma comunidade
que, de fato, precisa desse apoio. Aprende a fazer coisas novas, se aprimora em
um outro idioma e vive o intensamente o cotidiano de uma nova cultura.
Laura Shizue Igawa,
formada em Letras pela USP, trabalhou como professora assistente voluntária em
uma escola na Tailândia por seis meses. “Meu treinamento antes da partida foi
intenso, com leitura de textos sobre cultura, identidade, diferenças e
semelhanças entre os países, expectativas e dicas para uma boa viagem”.
Laura viajou pelo AFS
Intercultura Brasil, uma organização internacional, voluntária, não
governamental e sem fins lucrativos, comprometida em oferecer oportunidades de
aprendizagem intercultural. Ao chegar na Tailândia teve todo o apoio deles no
aprendizado de costumes, tabus culturais e comportamento.
“Minhas responsabilidades no
voluntariado eram lecionar, preparar aulas de inglês focadas em conversação,
corrigir exercícios, avaliar os alunos e participar das atividades da escola.
Uma das mais interessantes das quais participei foi o Wai Kru Day, dia
de reverência ao professor. Todos os alunos levam um arranjo de flores e se
ajoelham em frente aos professores agradecendo pelo ano letivo. O respeito aos
mestres é muito grande”, relata.
“Escolher a Tailândia
como lugar para realizar o trabalho voluntário foi realmente especial. Mas eu
também acredito que quando há envolvimento com as pessoas e a comunidade local,
em qualquer lugar do mundo, você só tem a aprender com o voluntariado que agrega
valores como compreensão e adaptabilidade”, avalia Laura. “Ao nos depararmos
com pessoas novas numa terra nova, algo evolui dentro de nós. Sinto que cresci
pessoal e profissionalmente com esta experiência única”, completa.
Para fazer
um voluntariado valer é preciso ter cuidado na escolha do programa ao qual
você quer se juntar e ter muita consciência de que o seu engajamento é sério.
Programas que tem um impacto nas comunidades querem receber pessoas que, de
fato, participem e contribuam. Afinal, voluntariado internacional não é
turismo. É uma atividade que exige compromisso e muita dedicação. O voluntário
deve estar aberto a trabalhar com situações desafiadoras, ser paciente e
responsável.
Por isso algumas
dicas importantes devem ser levadas em consideração para quem quer ser um
voluntário fora do Brasil:
– Pesquise muito o país e a instituição onde pretende ser voluntário. Saiba
como lidam com seus recursos e de que forma aproveitam seus voluntários. Leia
os relatos.
– Entenda o que você tem a oferecer à instituição: quais são as suas
habilidades mais fortes?
– Procure saber o que vai fazer lá: quais serão os projetos em que poderá
participar?
– Pense no seu retorno. Que tipo de vínculo você vai manter com a instituição
na qual trabalhou?
Foto: Department of Foreign Affairs and Trade via
Wikimedia Commons
Não espere viajar de graça. Embora existam projetos
nos quais você pode se envolver sem nenhum custo, algumas instituições
recebem seus voluntários por meio de agências, o que garante um processo
seletivo de qualidade, de ambas as partes. De qualquer forma, esteja preparado
para cobrir suas despesas pessoais enquanto estiver fora.
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