segunda-feira, 10 de agosto de 2015

OS MENESTRÉIS

Do meu quintal... aos menestréis, com carinho (Arquivo JRS)


               Eu fui, juntamente com a família, ao espetáculo dos Menestréis no teatro de Caraguatatuba. Eu fui!
               O teatro Mário Covas lotou. Quase que a totalidade era de gente de Ubatuba, que queria prestigiar seus filhos e conhecidos. O pessoal fez bonito, o público amou toda aquela energia que pulsava da turma que se esmerou muito. Aquela moçada, na sua maioria, são alunos de escolas públicas. Dentre eles vi vários caiçarinhas: Jônatas, filho da prima Edilene e do Guido, os primos Rassany e Sarah, gente dos Ferreti da antiga colônia italiana da Praia da Fazenda. Na percussão, caprichando no ritmo, fez bonito a Ludimila, da prima Neide e do saudoso Dito. Outros tantos rostos estavam naquele rodopiar de energia. Coisa boa!
               Agradeço as escolas que abriram suas portas aos divulgadores desse projeto. Infelizmente, conforme afirmou a coordenadora do grupo, algumas diretoras não quiseram dar essa chance aos seus alunos.
               A Oficina dos Menestréis de Ubatuba desta vez apresentou “Lendas e tribos” como reflexão sobre a diversidade humana (fadas, duendes, surfistas, hippies etc.), merecendo destaque a história da resistência dos negros no Brasil e na África do Sul. Posso afiançar que, depois deste espetáculo, novas mentalidades desalojarão antigos preconceitos. A  arte também serve para isto.
            Da página própria dos Menestréis, retirei:
           Em 1981, o cantor e compositor Oswaldo Montenegro, passou a trabalhar com um novo método para dirigir seu elenco, com o intuito de atingir maior agilidade, noção de conjunto e atenção dos atores. Essa metodologia foi adaptada por Deto Montenegro, irmão de Oswaldo, com o fim de levar um treinamento artístico para profissionais de todas as áreas. Em 1993, Deto estabeleceu sociedade com o ator e diretor Candé Brandão, criando a Oficina dos Menestréis, uma empresa de Teatro Musical.
       Em Ubatuba, a Oficina dos Menestréis iniciou seus trabalhos em 2010 com a professora de dança e produtora Luciana Chaer, que já havia participado de várias peças da Oficina em São Paulo, juntamente com o Diretor Candé Brandão.
               O meu desejo é que essa juventude voe muito, enxergue outros horizontes, muito além da atuais formas de mesquinhez,  de corrupção, do egoísmo, de ganância...Enfim, de tanta falta de amor, sobretudo ao meio ambiente e à cultura que herdamos.

            Parabéns ao pessoal que preparou essa imensa turma. Muita força, muita garra para o que vem por aí. Tudo de bom mesmo!

Um comentário:

  1. Verdade professor, a arte serve a muitos propósitos, dentre eles a mitigação de preconceitos.

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