As crianças - Arte da querida Gal |
Que nem passarinho a gente ia chegando.
A escola, casa primeira da tia Martinha, na Fortaleza.
Do morro olhava o único caminho.
Por ali vinha eu e a mana Ana,
De pernas orvalhadas até os joelhos.
Por ali brotava um, brotavam dois, brotavam várias crianças:
Todas caiçarinhas felizes.
À espera da aula ninguém se atrasava.
Todos queriam brincar antes.
A professora já estava lá,
Saudosa da sua terra
Em terras do Vale do Paraíba.
Correndo a vista por todo espaço
Avistava meninas e meninos
Chegando que nem passarinhos.
Parei aqui. Então completa o mano Mingo:
Quando a escolinha
agrupada do primeiro grau
da praia da Fortaleza
era no sopé do morro,
no meio do bananal,
uma cobra caninana
foi se enrodilhar
entre os caibros do telhado
para aprender o beabá.
Mas acabou sendo expulsa,
tão logo foi notada,
porque não estava inscrita
no livro de chamada.
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