Tio João e filha - Arquivo Marlene |
Caiçarinhas - Arquivo Trindadeiros |
Longe, um piado diferente.
Não, não era de cobra!
Piado fora de tempo, mas de passarinho.
“É aviso, minha gente. Coisa boa não há de ser”.
“Bobagem vossa. Não sabeis que é urutau?”.
“Ah, bom! Então vamos em frente”.
Tio João nos guiava,
Pés miúdos no morro da Fortaleza.
"Vamos chegar na Pedra da Igreja".
De qualquer roça a gente a via.
Pelos caminhos os cheiros:
Sassafrás, ciosa, tarumã...
Tempo que voa.
De volta, já em casa,
A ordem da mamãe:
“Agora banho, tirar esse cheiro de capim melado”.
E logo, economizando no sabonete,
Eu aparecia com cheiro de menino novo.
Quem teve essa vida de criança?
Quem viveu assim a infância?
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