Uma jangada de lixo (Arquivo JRS) |
Detalhes de uma jangada (Arquivo JRS) |
Viajei por outras terras nem tão perto assim;
Voltei porque o lugar da gente é o lugar da gente.
Vi belezas de todo tipo, mas nunca comparadas com as daqui,
do meu povo.
Após décadas de
ocupação desenfreada,
Motivada pela especulação imobiliária,
A minha terra rapidamente
se enfeia.
Também feias vão se tornando as pessoas!
Tudo vai se enfeiando!
Aquele rio, o da Toca do Bagre,
De Jundiaquara nada
restou.
E o canal de esgoto até transborda sobre o
Itaguá.
O rio Tavares, batizado no terreiro do Velho Raé,
Tem um colar de lixo deixado por gente enfeiada:
Está esperando a
chuva que levará tudo para o mar.
“É uma jangada de porcariada!”.
A água do Velho Lucindo está podre,
Se retorcendo e alcançando a praia,
Onde tantas puxadas de rede
E tantos caiçaras (Florindo,
Aládio, Tibúrcio Mesquita...) labutaram.
É! O mar tá pra esgoto e lixo ! O mar não tá pra peixe!
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