quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

A MENINA DAS TONINHAS

Mané Hilário - Arquivo JRS

Dona Gertrudes - Arquivo JRS
 
Partiu a menina das Toninhas!

Nascida naquele jundu,
sempre trabalhando e festejando por ali,
"consertando" peixes, a serviço do Maciel, 
cresceu a menina
e foi atuar em outras terras, em Santos.
Fez-se parceira das Cônegas de Santo Agostinho,
esteve a serviço dos mais necessitados,
nas camadas exploradas da Baixada Santista.
Retornou à terra caiçara de Ubatuba,
enamorou-se,
casou e teve filhas: Maria e Regina.
Sempre festeira e religiosa,
sempre contagiante nas suas narrativas
e sempre querendo saber algo da gente.

Sempre presente e atuante!

Que memória!

Outro que me vem à memória: Mané Hilário.
Ambos partiram depois de100 anos de vida,
ambos me engrandeceram com suas memórias:
nossas cepas caiçaras do século XX.
Quantos registros deles tenho? Não sei.
Só sei que ainda tenho coisas a transcrever dos dois.
As duas filhas... Rogério e Rodrigo...
Estes seus netos seguem na coerência cultural,
atualizam os nossos traços culturais.
Seu fermento, querida menina,
há de ser viva-memória entre essa caiçarada boa!
103 anos de cultura nossa,
de humanidade despretensiosa,
de saudade desde já.

Viva Dona Gertrudes!

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